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Mensagem: Em tempo de Olimpíadas Manoel Hygino - Hoje em Dia Estamos em plena Olimpíada e a referência nos remete ao verso do grande poeta baiano. Castro Alves dizia: “Estamos em pleno mar...” Na ocasião presente, as competições internacionais retratam a ilusão de antigos governantes deste país de que vivíamos no melhor dos mundos, como pensava Pangloss. A Copa do Mundo constituiu um outro ato demagógico, demonstrador de que não devíamos alimentar a veleidade de sediar um campeonato daquela dimensão. Não revelaríamos o futebol anterior: de Pelé, Garrincha e outros craques, pondo-nos a nu, em 2016, com o placar negativo de sete gols diante da Alemanha. O pior é que, desde o começo, os brasileiros tampouco depositaram absoluta confiança no êxito das Olimpíadas. O fracasso da Copa influiu negativamente nas expectativas dos brasileiros e de todos os que acompanham esporte. Em julho, 80% de pessoas aqui ouvidas disseram que os Jogos Olímpicos resultariam em prejuízo para o país, e não apenas esportivamente. Especialistas em Saúde dos EUA aconselharam aos atletas que competissem nos jogos em que deveriam competir, em águas abertas, com a boca fechada. Isto porque, sete anos após o solene compromisso de limpar a baía de Guanabara, cientistas explicavam que o local estava ainda mais contaminado. O pediatra brasileiro Daniel Becker, ao “The New York Times”, declarou literalmente: “atletas estrangeiros vão nadar na merda humana sob risco de contágio de uma doença causada por todos estes organismos, especialmente um rotavirus que causa diarreia e vômitos. É triste, mas também preocupante”. Não menos enfática foi a crítica da revista “The Economist”, da Inglaterra: o Rio de Janeiro está em decadência desde os anos 1960. Os jogos não vão mudar sua direção. Em 1960, a violência declinava, a economia nacional passava por um boom motivado em boa parte pela demanda por petróleo, através do pré-sal. Neste agosto, a revista “New York”. Mostrou em colorida capa de cinco atletas em uma pista de corrida dos jogos, no Rio. Não buscavam o pódio, mas se salvar de um enxame de mosquitos da Zica “O presidente do COI, Thomas Bach, declarou que o Brasil passa pela pior crise de sua história”: se o modelo resiste a testes de tensão, você vai perceber que é mais do que robusto. Vocês sabem a crise que o país está passando. Talvez seja a pior crise da história do Brasil. É uma crise que tem muitos desafios, como na área de saúde, na área ambiental também. Em todo lugar que olhamos vemos que há coisas faltando. “A delegação de basquete masculino da China ficou presa em meio a um tiroteio próximo ao Complexo da Maré, ônibus que levava os atletas, a comissão técnica da seleção do país e jornalistas chineses havia acabado de sair do Aeroporto Internacional do Galeão quando passou pela troca de tiros que aconteceu entre as Linhas Vermelha e Amarela.” Não havia disputa de provas do gênero.
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