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Mensagem: Suprindo o silêncio dos omissos Manoel Hygino - Hoje em Dia O brasileiro é agredido todos os dias, horas e minutos. São atos praticados contra o cidadão e a sociedade. Os veículos de comunicação se infestam com descrição de episódios que depõem contra o próprio conceito de nação. Constata-se que, mais de que em qualquer outro tempo, misturam-se os desvios e delitos políticos e policiais. Não é difícil verificar. Há intranquilidade nas áreas rurais, nas estradas e nas vias urbanas. Os esforços de sucessivas gerações para construir uma pátria rica economicamente e em valores morais e éticos ruem silenciosa ou estrondosamente, de acordo com as características de cada caso e com a importância dos autores ou atores envolvidos. Temerosos das vaias, autoridades refugiam-se em seus abrigos oficiais, evitando contatos com o próprio eleitorado, a que não respeitou nos compromissos assumidos nas campanhas. Há desconfiança generalizada em torno da gestão dos negócios públicos, dada a infinda improbidade. Minha cidade natal, a maior e mais poderosa economicamente em vasta região do território mineiro, não respirou alegria ao completar 158 anos. Em sua vida mais recente, no campo da criminalidade, comparece estrepitosamente a tragédia nacional desta época. É ininterrupto o tráfico de drogas, que destrói vidas e famílias, para sustentar os facínoras que fazem do negócio sórdido a sua riqueza, talvez opulência. Visitada sempre pelas autoridades maiores do país e do estado na celebração destas festas anuais, em 2015 neste meado de ano, não se repetiu, na capital do Norte mineiro o comparecimento de presidentes da república e governadores, de ministros para abertura da Exposição Agropecuária Regional. Sequer um senador, na cerimônia inaugural. Segundo a imprensa local, o Parque de Exposições estava em júbilo, a despeito da crise econômica que abala o país. Um dos dois oradores mais aplaudidos era pouco conhecido, mas discorreu sobre a hora grave que a nação atravessa, fazendo-o em tom alto, humano e breve, como convinha ao ensejo. Conforme um dos veículos mais prestigiosos da cidade, o sergipano observou, e repetiu, que o pior da hora que vivemos não reside na economia em frangalhos. Habita na face moral, na ausência dela, no seu estralhaçamento. Supriu com sua fala incisiva a ausência dos que antes, em melhores tempos, reverenciaram o Norte de Minas e sua cidade líder, altiva e brava, nos momentos em que a bravura é o último recurso. Enquanto silenciam os que mais obrigação teriam de falar, avoluma-se a onda de pessimismo e os bons cedem lugar aos que avançam contrariamente em muitas frentes de combate, estimulados pela ausência de quem deveria zelar pela ordem e progresso, o verdadeiro, como está na bandeira. Na mesma cidade, cinco dezenas de alunos de uma escola municipal atiravam bombas e exigiam férias, ateando fogo em caixas de papelão, enquanto uma professora criticava a polícia chamada ao local. Alegava a mestra que os estudantes exerciam o direito de manifestar-se. Assim começa o ensino em era de geral inquietação.
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