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Mensagem: Nota técnica do ONS - Crise energética: ONS vê piora de cenário com crise hídrica. Especialista alerta para risco de apagões pontuais. Folha de SP, 23/7/2021. Apesar dos baixos níveis dos reservatórios das usinas hidroelétricas, que atendem 65% da demanda de energia elétrica do Brasil, o Ministério de Minas e Energia vem descartando o risco de ´apagões´ do Sistema Interligado Nacional, mesmo diante da maior crise hídrica dos últimos 91 anos, que levou à cobrança da bandeira vermelha, patamar 2, nas contas dos consumidores. Mas o Operador Nacional do Sistema (ONS) emitiu, anteontem, nota técnica com ´novo alerta sobre os desafios do setor elétrico brasileiro neste ano...sinalizando que a capacidade de geração de energia no país poderá ser levada ao seu limite em novembro´. ´O sinal vermelho foi ligado após o órgão elevar a previsão de carga e considerar uma menor e mais `realista` disponibilidade térmica para atender a demanda de energia´, afirmando, porém, que ´não há risco de desabastecimento elétrico...´. No entanto, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Maurício Tolmasquim, ´afirmou que o cenário de oferta apertada, apresentado pelo ONS, traz um alerta para eventuais riscos de `apagões` de energia pontuais, em momentos de picos de demanda ou caso haja qualquer problema na oferta´. O desempenho do Sistema Elétrico vai depender do crescimento da economia e de demanda excessiva de aparelhos de ar condicionado na hora de ponta, em novembro. O restabelecimento de linhas e malhas regionais de transmissão e/ou de circuitos de distribuição, durante suas interrupções, pode ser rápido ou demorado, dependendo de vários parâmetros, como recursos humanos e materiais, condições operativas das instalações, automação, causas das ocorrências, desempenho de equipes de operação e manutenção etc, podendo ser decisivo na recomposição do Sistema Interligado Nacional, se este for também afetado. O consumo racional de água e energia elétrica é indispensável, sempre. Todos nós, consumidores, podemos e devemos evitar desperdícios, o que contribui para evitarmos faltas desses recursos e despesas exorbitantes. A otimização incessante do planejamento, operação e manutenção do Sistema Elétrico (geração, transmissão e distribuição) é importantíssima para a Qualidade do Serviço prestado pelas Concessionárias. Por outro lado, a viabilidade técnico-econômica das fontes alternativas de energia elétrica, como a fotovoltaica e a eólica, por exemplo, deve ser analisada pelos consumidores, em função da sua demanda de energia, do custo de sua instalação, operação, manutenção, vida útil e do retorno do investimento. A propósito, nesta semana a região Nordeste bateu recorde na geração de energia eólica e solar. Em 19/7/21 a geração fotovoltaica atingiu 2.211 MW, 20% do Subsistema do Nordeste. Em 21/7/21 a geração eólica chegou a 11.094 MW, próximo de 100% da demanda daquela região. A geração eólica representa 10,7% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que no fim do ano atinja 11,2%. A geração solar fotovoltaica é 1,9% da matriz elétrica do país, podendo atingir 2,6% até o fim de 2.021. Afonso Cláudio de Souza Guimarães - Engenheiro Eletricista 24/7/21 - Santas Cristina de Bolsena e de Tiro
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