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Mensagem: Números da letalidade Manoel Hygino O “Newsweek” publicou uma frase curta e clara: “Aterrorizante... As lições de 1918 não poderiam ser mais atuais”. Esse foi o ano em que a humanidade testemunhou o fim da 1ª Guerra Mundial, mas uma ameaça invisível começava a espalhar-se pelo planeta. Governos, pesquisadores e médicos se mobilizaram para dar uma resposta rápida àquela que entraria para as páginas da história como “a pandemia da gripe espanhola”, que sempre cito com as iniciais maiúsculas GE, dado o alto grau de letalidade da moléstia. Conto o início: um determinado tipo de vírus influenza, até então restrito às aves, sofreu mutações que permitiram sua transmissão aos humanos. Consequência: em apenas um ano, segundo versões dignas de crédito, até 100 milhões de pessoas teriam perecido na Terra pela doença. Isto quer dizer que, em apenas dois anos, a GE fez mais vítimas do que a Aids em 24 anos no mundo todo e matou mais que a peste bubônica ao longo de um século. Em um livro, agora famoso, o escritor e pesquisador John M. Barry narra a história do surto que começou em uma unidade militar do Kansas, EUA percorreu a Europa transportado pelas tropas americanas, para enfim transformar-se em epidemia global – uma pandemia. Em mais de 600 páginas, Barry conta o que foi e como foi a pandemia mais mortal de todos os tempos, (até então), anunciou a editora. Mas, agora, tudo muda mais uma vez. Estamos enfrentando a Covid-19, que já mandou à sepultura mais de 200 mil somente de brasileiros. Milhões dos quais, todavia, não assimilaram ainda a terrível extensão da enfermidade. Assim, ela segue desafiando especialistas de todo o planeta, as equipes médicas, as organizações mundiais e regionais da área de saúde, e os governos, de nações pobres e ricas. O termo científico Covid-19, acrônimo inglês para “doença do coronavírus 2019”, já é falado com desenvoltura. Expressões novas se inseriram no vocabulário popular como “distanciamento social”, “isolamento” e “achatar a curva”. Ainda estrangeirismos cada vez mais presentes as “lives” e o temido “lockdown” são exemplos. O “testou positivo”. “Esse verbo é transitivo na língua deles”, explica o professor de língua portuguesa Pasquale Cipro Neto, completando que “não dá para dizer que é errado, porque o uso legitima a expressão”. O que, todavia, não foi aprendido por muitos e muitos brasileiros é que, para evitar a doença e a morte, a da pessoa e de outros que possam ser contaminados, se torna imprescindível obedecer a certas normas sanitárias. Nos últimos meses de 2020, sobretudo na passagem de ano, milhares de pessoas se aglutinaram em clubes, bailes, pancadões, e em outros pontos de reuniões, para ostensivamente ignorar o que as autoridades públicas e médicos orientavam. Agora, é aguardar as consequências.
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