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Mensagem: Papel do Estado Manoel Hygino Não se pense que a Covid terminou seu maléfico desempenho, simplesmente porque o ano está terminando, ou porque a vacina começou a ser aplicada em vários países. Não é assim. Entidades científicas e chefes de Estado e de governo, todos os que se dedicam ao setor de Saúde, já deixam claro que muito terá de ser feito para salvar vidas, função e obrigação de Estado. José Anchieta da Silva, prestigioso advogado de Belo Horizonte, inclusive presidente da Academia Mineira de Letras Jurídicas, chamou a atenção para o fato, que é indiscutível e irreversível. Disse ele, de maneira límpida: “Trata-se de algo antes nunca visto (a pandemia), na medida em que o similar mais próximo data de um século atrás, quando sequer avião existia. É fato que não se discute. Trata-se, portanto, de uma realidade, um enfrentamento grave, uma questão de saúde que nesta dimensão deve ser tratada. Fazer leitura política desse fato é desprezar a vida”. Na presente hora, não está encerrado o papel do Estado. Milhões de cidadãos dependem dele e podem perder a vida, se ele não levar a cabo, com lucidez e pertinácia, sua missão até o final. José Anchieta da Silva, em 7 de abril deste ano, quando a pandemia praticamente começava, observava ainda: “Se o Estado não corresponder aos anseios de seus cidadãos (pessoas e empresas) deixará de cumprir a sua função. Não justificaria a sua existência. As pessoas e as empresas, reclusas, precisam, nesta hora, de recursos, de dinheiro para que suas vidas (e a vida do próprio Estado) possam caminhar”. Adiante: “É preciso priorizar a vida; é preciso justificar a existência humana e seus instrumentos como Humanidade e, portanto, é preciso dar sentido à figura do Estado”. Em outro trecho: “A lição, em discurso de estadista, veio na palavra do presidente de Portugal, professor Marcelo Rebelo de Sousa ao dizer que para salvar vidas é preciso salvar as empresas”. O essencial dever do Estado, nesta grave hora, é garantir a paz social, assegurando a todas as pessoas a certeza de que terão meios materiais de sobrevivência, entre as quais evidentemente saber negociar com todos os setores da sociedade, para conduzir a nação, a seus objetivos maiores. Vacinar é somente um capítulo da longa e sofrida história da humanidade, que apenas registrará daqui a pouco a mudança no calendário. Não devemos interpretar ou sentir o fato como uma oportunidade para acirrar ânimos e provocar desentendimentos.
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