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Mensagem: No tempo do coronel Manoel Hygino Em época de pandemia, com a agressividade e extensão da que ora enfrentamos, muita coisa é esquecida ou relegada. É o caso da morte, em maio, do Coronel Pedro Ferreira dos Santos, conhecido apenas como “Cel Pedro”. Ele foi uma espécie de herói em grandes regiões do Estado, nos anos cinquenta. Tendo ingressado na Polícia Militar de Minas aos 16 anos, demonstrou coragem e disposição para enfrentar os jagunços e crimes de pistolagem. Nascido em Brasópolis, no Sul de Minas, em 24 de dezembro de 1914, entrou para a corporação como soldado, em plena revolução de 1930. Em 1943, com a escalada do banditismo, sobretudo nos vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce. Comprovada sua eficiência, foi designado para arriscadas missões. A palavra medo não constava de seu dicionário. Em 1950, decidiu que tinha de estabelecer-se na maior cidade da região Leste. Juntou a família e montou residência em Valadares, a antiga Figueira do Rio Doce. Ali, montou seu quartel general, de onde comandava a repressão aos pistoleiros e seus grupos. Passou à reserva, dentro do prazo. No entanto, em 1961, já supostamente destinado ao sossego, viu-se reconvocado para o serviço ativo, para exercer o cargo de delegado supervisor de capturas no Estado. Assim, por mais de três décadas, cumpriu missão à frente de suas equipes. Mais do que isso, foi convidado a desvendar crimes os mais variados, em outras unidades da Federação, sempre com êxito e sacrifício. Mas, chegou o dia de sua paz. No ano de 2000, por volta de 1h da madrugada, no Hospital Militar da PM, em Belo Horizonte, deu-se por encerrada a missão, velado o corpo no 6º Batalhão da Polícia Militar, sepultado com honras militares, em Valadares. Com 85 anos, na cidade onde recebeu, em 22 de junho de 1952, a primeira equipe do 6º Batalhão, chegado da capital, ora descansa. De lá para cá, cresceu enormemente a bandidagem no interior de Minas, bem como do Brasil. O novo cangaço, como popularmente conhecido, adquiriu novas e mais modernas formas e métodos. Outros coronéis, como o de Brasópolis, são necessários nesta hora, em que tantos brasileiros são vilmente assassinados e bens públicos e privados saqueados. Estatísticas mostram suficientemente o que acontece; o que formamos e o que somos. É até em honra aos que deram tanto de si pela comunidade que se deve evocar a figura do Coronel Pedro, um exemplo dentro da corporação a que serviu Tiradentes.
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