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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 5 de novembro de 2024
 

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Mensagem: NOVELA DA BARRAGEM DE JEQUITAÍ – NÃO VALE A PENA VER DE NOVO A dança das verbas já se tornou uma coisa pitoresca. Há 47 anos discutem da Barragem do Jequitaí. Sem dúvida será um dos maiores projeto de múltiplos usos da América Latina; irá contemplar a irrigação – geração de energia – lazer – abastecimento público e a piscicultura. A barragem poderá ser uma das fontes de produção de água para Montes Claros, Jequitaí, Francisco Dumont e também incrementar a vazão do “Velho Chico”. Mas, este empreendimento Jequitaiense está sempre sendo ameaçado pelo Congresso Nacional devido à falta de força dos nortemineiros, e principalmente da forma que os paraquedistas intrometem para capitalizar apoio na nossa região. Por diversas vezes, desde que iniciaram o projeto de execução a dança das verbas vem prejudicando a obra. São políticos medindo forças ilusórias. Quando fui vice-presidente do Comitê das Bacias dos Rios Jequitaí, Pacuí e trecho do São Francisco, o EIA-RIMA foi entregue em uma cerimônia na cidade de Jequitaí-MG, ocasião que esta obra tomou um certo impulso – todo mundo acreditou – e novamente a verba retornou ao Ministério da Integração Nacional do ministro Gustavo Canuto, sendo redirecionada para outras finalidades. No passado recente (Maio/2019) novamente aconteceu a dança da verba de R$20.000.000-milhões que foi covardemente realocada para o Projeto de irrigação do Gurutuba. - Não é que o Gurutuba não faz jus ao investimento, - Não é isto! - Mas, da maneira que foi reconduzida a verba – “despiu um santo para cobrir outro”. Logo veio a resolução da briga política, entretanto, não houve progresso da obra Jequitaiense. Alguns atores que estavam no processo dizem que foram “enganados” no redirecionamento da verba - um dos responsáveis pela relocação, que, não é do Norte de Minas, agora, chega do mesmo modo, anunciando um novo aporte. Haverá uma visita do ministro Rogério Marinho “in loco” para anunciar liberação de R$ 47,9 milhões para retomada das obras da Barragem de Jequitaí. Entretanto, a briga pelo “filho bonito” vai continuar no Senado, que, pode não viabilizar o repasse em detrimento do projeto Jequitaí. Vamos esperar! A população percebe que o Projeto Jequitaí é importante diante da sua multiplicidade (foram citados na introdução deste artigo). Não é de hoje que o projeto da Barragem do Jequitaí vem sofrendo com desinteresses. Nos processos de licenciamentos – desde outrora – foi uma via-crúcis para a companhia titular da obra. A elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) foram debatidos no Comitê das Bacias dos Rios Jequitaí, Pacuí e trecho do São Francisco – no Conselho de Política Ambiental – COPAM-NM – com idas e voltas - ás vezes por causa de uma “vírgula” o processo empacava.. Para terem uma ideia, o custo ($) com as compensações ambientais e sociais já é o dobro do valor da obra – O CADASTRO DOS ATINGIDOS altera e “achega” a cada matrimônio, uma demanda constante no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) de Jequitaí-MG. São episódios que deverão ser devidamente explicitados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e Codevasf. A novela da implantação do Projeto Jequitaí no Norte de Minas é uma novela de anos, mas que pode sim, chegar a um final feliz. Sendo assim! Esperamos que, mesmo com a falta de recursos o governo federal libere mais verbas para realmente iniciar a construção do barramento; até agora - os recursos prometidos – são apenas para regularização fundiária; se não aportarem para as estruturas físicas, corre o risco de mais uma obra pública paralisada. É hora de unirmos. (*) José Ponciano Neto: Ex-vice-presidente do Comitê das Bacias dos Rios Jequitaí, Pacuí e trecho do São Francisco - Tec. Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros (IHGMC) e Vice Presidente da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas – AMALENM.

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