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Mensagem: Petrônio no Chiado Manoel Hygino Petrônio Braz enviou-me magnífico presente em 13 de março, por coincidência ou em comemoração ao aniversário do novo nonagenário, nascido no ano da revolução. Não foi um regalo comum. O escritor de São Francisco esbanjou generosidade ao encaminhar pelos Correios quatro volumes, editados em 2020, contendo parte de sua extensa produção literária, jurídica, administrativa e no campo do Direito. Trata-se de “Nas Asas do Tempo”, “Tempo de Seca”, “Caleidoscópio”, o já consagrado “A Saga de Antônio Dó” (que já chegou às telinhas), e “Léxico dos Gerais”, muito esperado e que lhe deve ter exigido anos de pesquisa e pertinácia. O Léxico compreende ainda a Biota das Gerais, expressões idiomáticas, provérbios e quadrinhos populares. E mais não há, por enquanto, para não chegar a 500 páginas. Os quatro compõem a Coletânea Escritos dos Gerais, que passa a indispensável nas bibliotecas. E com ótima apresentação gráfica, editados em Lisboa pela Chiado Books e impressos no Break Print Books. Nos vários gêneros a que se tem devotado, o autor já publicou 27 trabalhos e, com a nova fornada (se me permitem a palavra), dois eram inéditos – “Tempo de Seca”, ficção sobre as viagens de vapor pelo rio São Francisco, e “Léxico dos Gerais”. Diria eu, leitor ávido, que as quatros obras ajudam a entender e sentir o homem do sertão mineiro, em que nasceu e viveu a infância o autor, iniciou os estudos e abriu as perspectivas para chegar ao que hoje é, com todas as honras e justiça. Tornou-se cidadão de vários municípios, recebeu diploma na capital, exerceu cargos públicos na sua cidade, desde a vereança, chefiou o Executivo municipal, além de ser juiz de paz. Prestou e presta assessoria a agentes públicos e a professores de Direito Administrativo, no estudo, mas tomou seguramente o itinerário que lhe parecia mais adequado à vocação, sem se desligar das demais. Personagens e fatos se completam ou se explicam nos volumes editados, que mereceram evidentemente o melhor interesse de quem tem sua vida plantada numa das regiões mais atraentes de grande região do Brasil. Em “Caleidoscópio”, com quase quatrocentas páginas, Petrônio Braz relaciona gente do Norte de Minas, que ingressou na História e se plantou em seu coração e em sua admiração. É muito bonito ver isso, nesta época em que cedo se esquecem até os melhores amigos. Mas a obra que o escritor nos está legando é das que não se duvidam e, o que de mais importante, vida nos oferece. Entre elas, certamente, esses livros do menino de São Francisco que cultua e admira os livros, tanto quanto nos premia com o que produz. Eles dão sentido à própria existência.
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