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Mensagem: Hora de prudência Manoel Hygino O presidente está de volta após dez dias de ausência do país, durante os quais muito se discutiu, se levantaram suspeitas sobre tudo e todos, e nada de prático e positivo se resolveu. Não faço comparações para não acrescentar mais lenha à fogueira. Há no âmbito da administração órgãos e pessoas a que se incumbem propor soluções. Assim se fará. De minha cidade natal – que como no restante do território nacional acompanha os fatos –, recebo a nota que bem espelha nossa realidade: “O ambiente político é de expectativa, depois dos fatos das últimas 48 horas, envolvendo o forte atrito entre o presidente e o noticiário da TV Globo. Os acontecimentos públicos das últimas horas são dos mais fortes já vistos pela República brasileira, onde a política de punhos de renda é mais recorrida do que a política com luvas de nocaute. Que o diga o governador do Rio, ex-aliado. Vamos a ver, repetiria velho mestre do Caraça, que foi berço de presidentes mineiros. O ambiente é de crispação geral. Tem sido”. De qualquer modo, é possível repetir Shakespeare. No Hamlet, em que o soberano foi assassinado por quem o sucederia no trono, sobrepaira a afirmativa solene: “Há algo de podre no reino da Dinamarca”, o que acontece nas lutas pelo poder, em todas as épocas e lugares. Não mais estamos no tempo de Saxo Grammaticus, do século 12, narrador da história do príncipe que se empenhou em apurar e punir o culpado da execução do rei dinamarquês, seu pai. Aqui e agora, o governo não é feudal, pelo contrário, pretende-se aprofundar a democracia, que tanto nos custou resgatar e tanto sacrifício nos impôs. Causaram espécie, quando não repúdio, declarações de um deputado, filho do primeiro mandatário da nação, ao admitir uma volta ao AI-5, que tantos males causou ao Brasil e aos brasileiros, deixando um legado trágico às futuras gerações. Precisa-se sepultar, de vez as expressões precipitadas de nossas autoridades, quaisquer que sejam os cargos que ocupem. Os desmentidos supervenientes não conseguem apagar definitivamente as inquietações produzidas por votos e expressões emocionais, que só podem contribuir para acirrar ânimos e atrasar a nação na retomada do crescimento, e para aliviar os cidadãos dos pesados ônus de agora. O Brasil repudia justiceiros. Que se apurem os fatos, punam-se os culpados por delitos cometidos. O Brasil precisa é de paz e voltar a produzir, ressarcir-se dos prejuízos do passado e, finalmente, ingressar numa nova era de prosperidade. Disse bem o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia: “O Brasil é uma democracia”, aduzindo que “manifestações como as divulgadas são repugnantes e têm de ser repelidas. A apologia reiterada a instrumentos da ditadura é passível de punição pelas ferramentas que detêm as instituições democráticas brasileiras”.
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