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Mensagem: Hora de lançar luz Manoel Hygino A sucessão de suspeitas e acusações nos altos escalões da República, nos últimos dias de outubro, chega ao ponto de causar indignação nos vários segmentos da sociedade. Justifica-se: na hora em que se caminha para o fim da aprovação do projeto da reforma da Previdência, indispensável à recuperação da economia, problema que desafiou gerações de brasileiros, as dúvidas que se levantam no caso Marielle podem até sinalizar desconfiança de futuros parceiros no processo de restauração. As farpas que se trocam, amplamente divulgadas pelos meios de comunicação, já provocam um ambiente de insatisfação, quer entre os segmentos mais humildes da sociedade, quer entre os mais informados, que concluem pela necessidade de completa elucidação dos fatos. Evidentemente, o choque de denúncias, inclusive as acusações tornadas públicas entre autoridades, não contribui absolutamente em nada para referendar os pleitos e temas que o Brasil está levando ao concerto das nações com que mantém relevantes negociações. Não é hora de apenas retrucar, pois cumpre a cada um oferecer colaboração para aclarar fatos que certamente precisam de elucidação. Tentar tapar o sol com a peneira ou esconder episódios ainda duvidosos afeta a própria confiabilidade de pessoas e grupos em que a nação entregou a direção de seus destinos. Esta não é a hora própria para insultos e suspeitas, para lançar culpas sobre fatos não suficiente e completamente investigados. Aliás, é bom observar que o presidente da República e o governador do Estado do Rio, tão atuantes no affair, apelaram em suas declarações à imprensa, citando o evangelista João 8:32: “E conhecerás a verdade e a verdade vos libertará”. Neste ano 130 da proclamação da República, em que nascemos e vivemos, cumpre lembrar o 24 de agosto de 1954. Naquele tempo de grandes desavenças, o chefe da nação admitiu que um mar de lama parecia atingir o palácio do Catete, sede do governo federal. Para evitar humilhação, decidiu por fim á própria vida, com um tiro no coração. Não é hora de repetir a trágica experiência. Cabe afugentar os fantasmas, afastá-los para bem longe. O Brasil não terá a condescendência para aqueles que o traem. O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, manifestou preocupação com a democracia brasileira. “A toada não é democrática-republicana. Os ventos, pouco a pouco, estão levando embora os ares democráticos”, afirmou em um jornal.
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