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Mensagem: Natal antecipado Manoel Hygino Embora o presidente tenha declarado publicamente que não há fome no Brasil, a verdade verdadeira é que existem inúmeros filhos desta terra passando necessidade, inclusive pelo desemprego que abrange a cifra de milhões. Sem fontes de trabalho suficiente para brasileiros de muitas categorias profissionais, o resultado desaba nas crescentes carências das pessoas e das famílias. Assim, quando aparece a ocasião de receber algum dinheirinho, fica-se de antenas ligadas. Os governantes, aqui e alhures, precisam agradar aos anônimos eleitores e descobrem algum valor depositado em conta oficial e dele lança mão. Esperam aliviar dívidas e dores da população principalmente lembrada nas manifestações de apoio. É assim, assim tem sido, não há como mudar. A descoberta mais recente foi a do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Vasculhando os cofres, localizaram-se R$42 milhões do FGTS e do PIS-Pasep e decidiu-se conceder um presente natalino extra no meio do ano. Só a promessa se tornou um alento valioso. Nem todo dia é 25 de dezembro. A solução para a apertura dos que ricos não são virou uma novelinha, que preencheu páginas e páginas de jornais, virou manchete de meio palmo de altura. Mas a alegria se transformou em dúvida e, em seguida, em tristeza, porque demorou muito em se revelar o que de concreto existia. No segundo semestre, soube-se que os saques só poderiam ser feitos a partir do nono mês, de modo que o Natal de meio de ano já se aproximava da data do nascimento de Jesus, o menino de Belém, de Judá. O regalo, contudo, não é exatamente o que se esperava – reduziu-se a R$500 por conta ativa ou inativa, conforme calendário, com exceção dos trabalhadores com saldo poupança, que receberão automaticamente. Quem não quiser usar o oferecido deve informar à Caixa. Os saques aquém de R$100 poderão ser feitos em lotéricas. Não era tão fácil como se pensara e, em 2020, os saques poderão ser anuais. Atente-se para o verbo – poderão. O presidente da Caixa afirma que a liberação de R$30 bilhões de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço terá efeito mínimo nas finanças da instituição, remunerada pela gestão do próprio Fundo, que é apenas 1% da sua receita. Assim, não haverá dificuldade em operacionalizar retiradas, que beneficiarão 100 milhões de trabalhadores. O HOJE EM DIA, no dia 25 último, advertia em manchete de primeira página: “Saque do FGTS exige cautela”. No texto, alertava: “Quem optar por retiradas anuais a partir de 2020 perderá direito aos recursos restantes da conta por dois anos após adesão a essa modalidade, em caso de demissão sem justa causa”. De tanto falar em Fundo, recordo um dos galantes escritores da segunda metade do século XIX, ao acompanhar a senhora robusta em quadris acomodando-se em bonde da época. Percebendo as dificuldades, comentou: “Nunca vi um banco ter riscos de quebrar por excesso de fundos”.
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