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Mensagem: O Século da Vida Não precisamos ser cientistas para entender que estamos vivendo neste Século a Era da Biologia. É comum afirmar-se que o Século XIX foi a Era da Física; o Século XX da Química e estamos vivendo no Século XXI o tempo da vida. A humanidade está despertada para a grande realidade ecológica da atualidade, que não se reflete apenas na preservação do meio ambiente, na proteção das comunidades biológicas, na garantia da integridade das populações de organismos da fauna e da flora, mas na certeza de que a vida humana, a presença do homem na face da Terra, corre sério perigo. Entraram para o contexto do nosso vocabulário palavras técnicas como biótipo, biocenose, ecossistema, bioma, biosfera, e outros. Mas não é só por esse lado que este Século será definido como a Era da Vida. O filósofo inglês John Harris, professor do Instituto de Medicina, Direito e Bioética da Universidade de Manchester, durante o VI Congresso Mundial de Bioética, que ocorreu em São Paulo, afirmou que “estamos no limiar de uma era na qual, potencialmente, poderíamos criar imortais”. Declarou ele que “embora a ciência ainda esteja longe de poder cumprir essa promessa, as pesquisas em busca de novos tratamentos para doenças letais - que podem não apenas adiar a morte, como também, a longo prazo, estender a vida por muito tempo - avançam rapidamente. Por isso, questões aparentemente futuristas devem ser debatidas”. Neste Século não apenas será discutida ou prolongada a vida; ela será criada. A Revista Época informa que “o vencedor do Prêmio Nobel, Hamilton Smith, e Craig Venter, pioneiro no mapeamento de genes, divulgaram que planejam criar uma nova forma de vida em laboratório. A pesquisa já recebeu financiamento de US$ 3 milhões do Departamento de Energia norte-americano e terá como objetivo desenvolver um organismo artificial que seja capaz de sobreviver com um número reduzido de genes em uma única célula e, a partir disso, criar uma nova espécie. A metodologia que será utilizada é a de isolar os genes de certa bactéria que permitem a ela sobreviver em ambientes hostis. Dessa maneira, o organismo seria extremamente delicado e viveria em um tubo de ensaio em um meio favorável à sua sobrevivência. Caso o experimento dê certo e a bactéria passar a se reproduzir, terá sido criada uma população totalmente nova. A importância desse projeto é de servir como base para todo o estudo da biologia, estabelecendo um critério geral para a origem da vida através do entendimento da célula mais básica, uma vez que já se sabe que a formação celular segue o mesmo processo em todos os organismos. Os dois cientistas reconhecem o risco de seu trabalho, pois ele potencializa novas formas de se desenvolver armas biológicas. Por esse motivo, ambos concordam que os resultados e as conclusões do estudo devem ser divulgados de forma parcial, havendo uma seleção para deixar algumas peças chaves da pesquisa fora de alcance do conhecimento público”.
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