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Mensagem: Atentados como sempre Manoel Hygino Não se consegue um levantamento completo de quantos atentados se perpetram indiscriminadamente em todos os países. Pode se dizer semanalmente, e não mais circunscritos aos países do Extremo Oriente, como predominaram em determinadas épocas não remotas. Há grupos e pessoas vinculadas a religiões, que pareciam se alimentar com o sangue alheio. E os atos cruéis são comemorados com gritos de euforia, como se a vida não merecesse respeito. Huascar Terra do Valle, advogado, é autor de um interessante livro que abrange esse tempo doloroso. Ele se dedicou à memória de Giovani Bruno, e pode ser considerado um libelo contra a intolerância e o fanatismo de todas as religiões donas da verdade. Com mais de 350 páginas, o “Tratado de Teologia Profana”, lançado em São Paulo em 1998, ajuda a entender o problema, que tem atormentado os homens deste século com incrível velocidade, em virtude da própria velocidade das informações. O poeta Ferreira Gullar, em jornal paulista, expressa opinião que condiz com a minha. Aconteceu em 2 de fevereiro de 2014. Eis as observações. “Esse tipo de atentado difere daqueles outros, cuja motivação é político-religiosa, e difere também, por seu resultado, não de um surto psicótico e, sim, pelo contrário, fruto de uma decisão tomada objetiva e friamente por um líder. A afinidade que há entre eles é o propósito de assassinar pessoas inocentes. E é precisamente este ponto que tenho maior dificuldade de aceitar. Por exemplo, um terrorista, com o corpo coberto de bombas, entra num ônibus escolar do país inimigo, explode as bombas e a si mesmo, matando dezenas de crianças. Não vejo nenhum sentido nisso, a não ser mostrar seu ódio ao adversário; e, nesse caso, por se tratar de crianças, mostrar que sua fúria homicida desconhece limites. É outra modalidade de loucura. Mas há ainda os casos em que a fúria homicida mata indiscriminadamente pessoas de países que nada têm a ver com os propósitos do atentado. Exemplo disso foi o caso das Torres Gêmeas, em Nova York, onde morreram quase 3 mil pessoas. O atentado visava os norte-americanos, mas matou franceses, holandeses e até muçulmanos. Nem mesmo se pode excluir, dentre as vítimas, pessoas que possivelmente apoiavam a causa defendida pelos terroristas. É a insensatez levada ao último grau, que só se explica pela cegueira a que leva o fanatismo religioso. O que torna mais absurdo tudo isso é o fato de que o atentado terrorista não traz nenhum benefício a quem o projeta e o faz acontecer, a não ser satisfazer seus projetos homicidas. De fato, o terrorismo é a expressão da derrota política de quem o promove, a areação desesperada de quem sabe que não tem qualquer possibilidade de vencer o adversário e chegar ao poder. Mas, ao fim de tudo, não consigo na verdade entender tal desvario, mesmo porque, além do assassinato em massa de crianças e cidadãos quaisquer, que o terrorista nem sequer conhece ou sabe que matou, há fatos quase inacreditáveis. Como o que ouvi da boca do chefe do supremo do Hezbollah, na televisão. Ele afirmou que o menino-bomba, que praticou o atentado no ônibus escolar, em Israel, era seu filho e tinha 16 anos. E acrescentou: ‘O mais novo, que tem 12 anos, já está sendo preparado para se sacrificar por Alá’. O curioso é que ele manda os filhos morrerem, mas ele, o pai, continua vivo”.
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