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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A paz em risco? Manoel Hygino As escaramuças nas fronteiras do Brasil e Colômbia com a Venezuela evidentemente continuarão por tempo indefinido. Para o ditador Nicolás Maduro não interessa a paz, porque mantem seu domínio sobre o bom povo do país à base da fanfarronice e demagogia, além de altos salários para os comandos militares. Somente apelando para o ludíbrio se conseguiria manter acomodada uma população que ganha 6 dólares de salário mínimo ao mês. Não sem razão, quase 2,7 milhões de venezuelanos deixaram a pátria desde 2015, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). A política de pretensa socialização, sob a qual se esconde a performance governamental (?) de Nicolás resultou em fracasso, que não se sabe quando termina. E se ainda não terminou por inciativa dos próprios venezuelanos, é porque lhes faltam recursos mínimos para se contrapor. Desde 22 de janeiro, dá-se esse espicha e encolhe na fronteira, não se podendo esquecer que a Guiana entrou forçosamente no imbróglio, sem falar nos Estados Unidos que desejam ver o sucessor de Hugo Chavez pelas costas há muito tempo. Caminhões brasileiros levaram cargas humanitárias para atendimento às necessidades fundamentais do povo, mas o próprio Nicolás elevou a voz e declarou que não precisa de esmolas do Brasil, como leite em pó, feijão e arroz, pois pode comprar e pagar. Seria o momento propício para um acerto de contas, porque não me consta que Caracas tenha pago seus débitos ao Brasil, inclusive para implantação do metrô da capital. Fontes oficiais de cá, inclusive pelo vice Hamilton Mourão, dão conta de que o Brasil não quer conflito com o vizinho do norte. Além das contas a receber, depende de Caracas para abastecer Roraima de energia. Para Juan Guaidó, uma intervenção militar estrangeira na região não pode ser descartada. O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, disse em Bogotá, dirigindo-se aos militares que sustentam Nicolás Maduro na Venezuela. “Todas as opções estão na mesa. Para quem apoia Maduro, tenho um recado do presidente Trump: vocês podem apoiar a oferta generosa de anistia do presidente interino, Juan Guaidó, e viverem no seu país em paz. Mas, se manifestarem o apoio a Maduro, não encontrarão saída fácil. Vocês perderão tudo e serão responsabilizados. Façam a escolha certa por suas famílias e fiquem ao lado de Guaidó”, destacou Pence. Países da América Latina integrantes do Grupo de Lima descartaram uma ação militar contra a Venezuela, mas querem que Nicolás Maduro seja julgado por tribunal internacional, por crimes contra a humanidade. O Grupo recusou intervenção militar em comunicado divulgado após reunião em Bogotá, na Colômbia. No texto, o grupo de 14 países, entre eles o Brasil, afirma que a transição democrática na Venezuela deve ser conduzida “pacificamente pelos próprios venezuelanos”, com apoio de meios políticos e diplomáticos e “sem uso da força”. O vice-presidente norte-americano, Mike Pence, presente em Bogotá, reiterou que “todas as opções estão sobre a mesa” para afastar Nicolás Maduro e empossar ao autoproclamado presidente interino. Compreendo que a situação de Maduro está cada vez pior, como evidencia a elevação do tom nos pronunciamentos públicos e pelo baixo nível do vocabulário. O fato de, há poucos dias, chamar o presidente Conde, da Colômbia, de maricón é prova cabal. Depois de tantas escaramuças e movimentação na fronteira, começou a guerra de palavras. Depois...

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