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Mensagem: JULGAMENTOS NÃO SÃO PARA O NARCISISMO INDOUTO. Em meio à agonia; sofrimento e muitas dores no peito, existem aqueles que não querem o soluto imediato. Ficam atrapalhando. Estamos assistindo no televisual e lendo acerca das manifestações populares com foco ao rompimento de Brumadinho - MG e da barragem do Feijão. Digo rompimento da cidade de Brumadinho justamente porque não foi só a barragem que rompeu – mas toda a economia local e adjacência. Inhotim com seus acervos de arte contemporânea não é capaz de manter a economia, até por que, a rotatividade dos turistas caiu mais de 60 % pos desastre. - Hotéis e restaurantes ocupados somente pelos os garimpeiros de corpos. Vamos às manifestações. Estamos vendo funcionários de órgãos públicos e neófitos políticos principiando em assuntos de operação e estabilidade de barragem sem nenhum conhecimento. Só atrapalham! Querem na verdade brotar a sua imagem em um campo que requer esclarecimento dos fatos – uns falam em audiência pública – outros procuram câmeras e parlatórios com atitudes ridículas. Temos que respeitar os acontecimentos desastrosos que estão aí! Ficar cobrando novas leis para endurecer o licenciamento – ficar cobrando prisões de suspeitos e cobrar paralisação das mineradoras. Isto é balela! - Temos que cobrar formas técnicas e corretas na disposição dos rejeitos - que atendam a lei de Segurança de Barragem. Este negócio de aprovar novas leis no quente das manifestações significa que serão revistas assim que a poeira baixar. Nós (do meio) conhecemos muito bem como funciona quando um grande empreendedor ameaça finalizar suas atividades e “picar a mula” para outro estado ou país. As bolsas de valores despencam e todos afrouxam e ainda oferece subsídios para ficarem. Imagine se a VALE – a CARPATHIAN GOLD ou ANGLO AMERICAN fizerem esta ameaça? Como reagiria a população ativa de Mariana / Brumadinho / Riacho / Conceição do Mato Dentro? E como seria a posição das federações das indústrias com os políticos executivos? Fui Conselheiro no COPAM-NM muito tempo, cansei de dar “murro em ponta de faca”; dentro existia um grupo para defender os interesses das indústrias, outro para defender o Agronegócio e um pequeno grupo para defender o Saneamento Básico – este último era o mais perseguido. Colocavam muitas “dificuldades para vender facilidades”. Meu tempo passou! Mas, a perseguição ao saneamento continua! Olha, que o Saneamento só trás Solução! Nas reuniões do Copam para deliberar os licenciamentos das mineradoras (Ouro, ferro e Brita), era um teatro dos mais cômico e triste. Os conselheiros que representavam os órgãos do governo agiam com “Shot out” - pediam a ´Baixa do Processo em Diligência´ – depois das visitas “Técnicas” - (...) O mais cômico era os empreendedores que financiavam transportes e lanches para a população da localidade da mineração para manifestar e pressionar os conselheiros. Somados ao Lobby, a anuência do conselho era dada como certa. E, eu ali! “Nada a fazer / Senão esquecer o medo. O pobre “caçador de mim” era abatido. Voto vencido. Sempre fui um defensor do Desenvolvimento Sustentável – nunca fui a favor da degradação ambiental – sempre fui contra esta demagogia que é apregoada pelos falsos ambientalistas - que demonstram ser uma pessoa e na verdade é outra - estão dentro da “Seita Verde” que aproveitam dos desastres e da DOR para o NARCISISMO. Solução mesmo, eles não trazem! Para finalizar, quero externar que, há pouco mais de 01 ano a Agencia Nacional de Águas (ANA) publicou o Relatório de Segurança de Barragens onde aponta 05 barragens comprometidas, em Minas Gerais, as com maiores graus de risco estão situadas nas cidades de Nova Lima e Rio Acima, (região metropolitana de Belo Horizonte), e uma em Ouro Preto. – Obviamente que é um número subdimencionado, há muitas barragens que não foram avaliadas e outras que contradiz as informações. A Barragem de Dolabela, por exemplo, ainda é uma incógnita. Só existe um relatório elaborado por este escriba quando conselheiro no CBH Jequitaí-Pacuí que, felizmente foi o ponto de partida numa demanda judicial que aciona o INCRA. - Opinião pública ajuda, mas não está no Código Penal. – Caçar encrenca não é solução. Uma só lembrança. Sabemos da importância da silvicultura produtora de energia, mas, até hoje nada foi feito para SALVAR a RECARGA e as NASCENTES dos rios que abastecem a barragem de Juramento-MG. – Os tanques e barramentos nascentes permanecem sem nenhuma interferência dos órgãos fiscalizadores. – Se têm, não surtiu efeito. - O Rio Congonhas já não conta mais com os principais tributários, sua vazão inviabilizou a barragem que ali era proposta. - O MEU COMPROMISSO É COM O RELACIONAMENTO EXISTENTE ENTRE HISTÓRIA E ECOLOGIA. (*) José Ponciano Neto é Conselheiro no Comitê Gestor das Barragens Operadas pela Copasa (CGBC) e Técnico em Meio Anbiente e Recursos Hídricos . .
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