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Mensagem: Singularidades brasileiras Manoel Hygino O Brasil é rico em singularidades. Primeiro de abril, Dia da Mentira. E, neste ano 2018º da graça do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, em Belém (não rigorosamente definida geograficamente), cá entre nós, na terra descoberta por Pedro Álvares, o Cabral, temos o 4 de abril. Nele, a mais alta corte de Justiça do país apreciará o mérito do habeas corpus impetrado pela defesa de um ex-presidente da República. A sessão do dia 4, quarta-feira, se faz muitos dias depois da triste, embora agitada reunião que ficou no disse, não disse. Ou, como diria o professor Afonso Lamounier de Andrade, ex-diretor do Atlético: “Tudo combinado, nada resolvido”. Os ilustres ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), cujos nomes o Brasil hoje sabe de cor, inclusive com relação à sua vida profissional e até doméstica, devem ter meditado o suficiente sobre o grau de desconfiança a que foram lançados junto à opinião pública. No Dia do Circo, 27 de março, a imprensa nacional noticiava a rejeição dos embargos apresentados pela defesa ao TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), de Porto Alegre, no processo original, classifiquemos assim. A matéria regressa ao âmbito do Supremo, mantendo-se a decisão do juiz Moro pela condenação, no caso do tríplex de Guarujá, então na segunda instância. O dito pelo não dito agora. No dia 4, irá repetir-se o placar da reunião anterior do STF? As consequências serão muitas e imprevisíveis, dado o nível de polarização política, da insatisfação popular, do poder de fogo das organizações criminosas, do descrédito do Estado pela sociedade. Não é de chuvas apenas que a nação precisa. Amigo do peito, diante da situação, usa poucas palavras: “Faltou dizer – o país, calcinado, pega fogo de novo. Não se cansam de inviabilizar tudo, irresponsavelmente. Até quando? ”Outro, da magistratura, também é econômico no comentário: “O momento é grave. Se o judiciário era o último refúgio da nação, temo que ela agora esteja ao relento. Dias sombrios se avizinham. Rezemos”. No dia 28 de março, quinta-feira, Paulo Maluf, ex-governador do estado mais poderoso do país, chegou algemado ao hospital Home, de Brasília. Não conseguia andar, não usava a cadeira de rodas. Guardado por seguranças, em quarto fechado. Para que? Mas, o ministro Dias Toffoli lhe concedeu prisão domiciliar. Em âmbito internacional, o imperador Akihito, do Japão, faz visita a Okinawa, célebre pela mais sangrenta batalha do Pacífico, durante o segundo conflito mundial. No Brasil, é outra a guerra, que continua. Nada resta ao cidadão, a não ser aguardar, mesmo sabendo que de barriga de criança e sentença de juiz pode vir surpresa. Haja visto que, na quinta-feira última, por ordens de custódia do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, foram presos José Yunes, advogado e ex-assessor do presidente Temer; ex-deputado Wagner Rossi, também ex-ministro da Agricultura, seu assessor Milton Ortolan, e João Batista Lima, ex-coronel da PM de São Paulo amigo de Temer.
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