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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 8 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Bispo e padres são presos em operação contra desvios de recursos na Igreja Católica em três cidades de Goiás - O bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, quatro padres, um vigário-geral, um monsenhor e dois funcionários administrativos foram presos na manhã desta segunda-feira (19) durante operação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) contra desvios de recursos na Igreja Católica em Posse e em duas cidades do Entorno do Distrito Federal – Formosa e Planaltina. O prejuízo estimado é de mais de R$ 2 milhões. Segundo a investigação, o grupo se apropriava de dinheiro oriundo de dízimos, doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e taxas de eventos como batismos e casamentos. O G1 tentou contato por telefone e mensagem com a Diocese de Formosa, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça apontam que o grupo comprou uma fazenda de criação de gado e uma casa lotérica com dinheiro desviado de dízimos e doações. Em decisão, juiz disse haver indícios de que o dinheiro era usado para despesas pessoais e que carros da Diocese de Formosa eram usados com fins particulares. As investigações começaram após denúncias de fiéis que relataram desvios iniciados em 2015. Em dezembro de 2017, o bispo negou haver irregularidades nas contas da Diocese de Formosa. Operação Caifás A ação, batizada de ´Caifás´, tem ao todo nove mandados de prisão e dez de busca e apreensão em Formosa, Posse e Planaltina. Além de residências e igrejas, um mosteiro também é alvo da investigação. Segundo o promotor de Justiça Douglas Chegury, um dos responsáveis pela operação, foram apreendidas caminhonetes da cúria em nomes de terceiros, além de uma grande quantia de dinheiro em espécie, com valor ainda não foi divulgado. De acordo com o MP-GO, a suspeita é que a associação criminosa atuava na cúria da Diocese da Igreja Católica de Formosa e em outras paróquias relacionadas a ela nas outras cidades. Participaram da ação cerca de dez promotores de Justiça, além das polícias Civil e Militar. Denúncia Em dezembro de 2017, fiéis denunciaram que as despesas da casa episcopal de Formosa, onde o bispo mora, passaram de R$ 5 mil para R$ 35 mil desde que Dom José Ronaldo assumiu o posto, havia três anos. ´O que nós temos certeza é que as contas da cúria não fecham. Então, nós queremos a abertura pública das contas da cúria [administração da diocese] e dos gastos da casa episcopal´, disse uma fiel, que preferiu não se identificar. O grupo que contesta as contas informou que não recolheria o dízimo até que as medidas fossem atendidas. A diocese disse, na época, que o custo das 33 paróquias é de cerca de R$ 12 milhões por ano. Já a arrecadação, no mesmo período, é de R$ 16 milhões. O restante é destinado ao fundo de cada unidade. Dom José Ronaldo alegou na época que não tocava no dinheiro e que não houve o pedido, por parte do grupo, para a apresentação de contas. ´Não tem nada de impropriedade. Não toco nos repasses financeiros das paróquias que são destinados à manutenção das necessidades da Diocese, casa do clero, seminário, estrutura da cúria, funcionários etc´, declarou. *** Estado de Minas - ´Bispo mineiro é preso em operação contra desvios de dinheiro na igreja - Detido em Goiás, José Ronaldo Ribeiro já passou pela diocese de Janaúba, no Norte de Minas, onde ele também está envolvido em denúncias de irregularidade - Luiz Ribeiro - 19/03/2018 - Em novembro de 2014, dom José Ronaldo foi transferido pelo papa Francisco para Formosa O bispo de Formosa (GO), José Ronaldo Ribeiro, que foi preso, na manhã desta segunda-feira, juntamente com quatro padres e um monsenhor, em Goiás, pela suspeita de desvios de recursos públicos da Igreja Católica, é mineiro de Uberaba, no Triângulo Mineiro. Antes de Formosa, ele foi bispo de Janaúba, no Norte de Minas, onde o nome dele também esteve envolvido em denúncias de irregularidades na movimentação de recursos da Igreja Católica. Dom José Ronaldo assumiu a Diocese de Janaúba em agosto de 2007, logo depois de ser nomeado bispo pelo papa Bento XVI. Ele foi ordenado presbítero em maio de 1985. Antes da nomeação como bispo, era padre na Paróquia Imaculada Conceição, em Sobradinho (DF). Em 2010, após dom José Ronaldo ter nomeado um irmão dele para a gerência de Finanças da Diocese de Janaúba, surgiram denúncias de irregularidades na movimentação de recursos da Igreja Católica na cidade. Mas, o bispo negou a acusação de desvios, que atribuiu a “algumas pessoas” que, segundo ele, agiam de “maneira orquestrada como forma de desestabilizar “ a sua gestão frente à igreja. “Estou em paz. Tenho dado o melhor de mim para a evangelização na Diocese´, declarou dom José Ronaldo, em entrevista a um jornal local, quando Janaúba recebeu a visita do núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri. As suspeitas não chegam a ser investigadas, sem a abertura de nenhum inquerito. Na sequência, surgiram denúncias que jovens que moravam com dom José Ronaldo na Residência Diocesana estavam furtando bolsas e carteiras dos fiéis dentro da igreja. Os rapazes tinham sido levados de Brasilia para Janaúba pelo bispo. O líder religioso voltou a negar as acusações. Mas, houve filmagens dos furtos durante as missas e foi instaurado inquérito pela policia civil para investigar o caso. Em novembro de 2014, dom José Ronaldo foi transferido pelo papa Francisco para Formosa. Conforme as investigações do Ministério Publico do Estado de Goias (MP-GO) na “Operação Caifás”, deflagrada na manhã desta segunda-feira, dom José Ronaldo, quatro padres e um monsenhor são suspeitos de desvios de recursos da Igreja Católica em Posse e outras cidades goianas do entorno do Distrito Federal: Formosa e Planaltina. O prejuízo estimado é de mais de R$ 2 milhões. Segundo a investigação, o grupo se apropriava de dinheiro oriundo de dízimos, doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e taxas de eventos como batismos e casamentos. Além de residências e igrejas, um monsteiro também é alvo da investigação. No início da tarde, a assessoria de imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse à reportagem que aguardava informações completas da assessoria jurídica para se pronunciar sobre a operação que levou à prisão dos religiosos. G1 Tv *** O Tempo - O Ministério Público (MP) de Goiás deflagrou, na manhã desta segunda-feira (19), a Operação Caifás, que investiga desvios de cerca de R$ 2 milhões por membros da administração central da diocese de Formosa e de paróquias associadas. Por determinação do MP, policiais civis cumprem 13 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão nos municípios de Formosa, Posse e Planaltina, em residências, dependências da diocese e em um mosteiro. Os valores desviados pela cúria são provenientes de dízimos, doações e taxas pagas pelos fiéis para cobrir batismos, casamentos e cerimônias afins. Segundo o MP, com o avanço das apurações, é muito provável que a quantia subtraída pelo grupo criminoso supere a estimativa informada pela assessoria de imprensa do órgão. O número preciso deve ser conhecido dentro de uma semana, quando o processo será protocolado. O MP passou a averiguar os fatos após fiéis comunicarem aos promotores a suspeita de desfalques que teriam sido iniciados em 2015. A operação é coordenada pelos promotores de Justiça Fernanda Balbinot e Douglas Chegury e conta com a atuação de integrantes do Centro de Inteligência e do Gabinete de Segurança Institucional do MP, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Entorno do Distrito Federal e, ainda, da Polícia Militar. O nome da operação é uma alusão a Joseph Caiaphas que, de acordo com a Bíblia, foi o sumo sacerdote que entregou Jesus a Pôncio Pilatos. A Agência Brasil procurou a Diocese de Formosa, mas não obteve retorno.

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