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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 15 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Copasa, a bola da vez Na “Pole position” dos comentários, vejo a empresa um alvo fácil para os depoimentos falsos e mentirosos. Não podemos aceitar o ardil e embuste serem regra para atrapalhar o desenvolvimento de Montes Claros e a afetar a tranqüilidade (ainda que tardia) institucional. São tantas narrativas com ausências de nexo; cheias de incoerências; ora nos parlatórios; botecos; cafés e tribuna, que nos dar a impressão que os montesclareses - não só são – técnicos de futebol, mas, hidrometristas (que é o meu caso!) ou ótimos hidrólogos e hidrogeólogos. Mas são opiniões açodadas pela vaidade e com viés político. Para muitos a Copasa é boa para jogar pedras / foi feita pra apanhar! / e boa de cuspi! Mas não é bem assim! Ando assuntando, por aqui e por ali, no Café galo; nas feiras; nos Conselhos e nos Comitês, aos poucos vou aprendendo que cada qual à sua maneira de compreensão. O mais impressionante, as pessoas menos letradas têm a opinião - devida à convivência com a seca – mais próximas da realidade. Um morador de Juramento-MG me externou o seguinte: - “Se não fosse à água que sai da nossa região, não sei como seria a vida das minhas filhas em Montes Claros”, depois de uma pausa... completa: - “É a hemodiálise; feira; faculdades; cirurgias e compras – tudo é lá – como posso ser contra tirar a água de Juramento – daqui ela vai para as casas das minhas filhas e o comercio em Montes Claros”. São pessoas que sabem que a água é um bem comum. Claro que conversamos usando o vocabulário campesino. Agora, aqueles que se julgam letrados com “pós”; “mestrados”; “doutorados” e políticos, vêem uma captação de água em um rio estadual como fosse uma transposição, deixando evidenciar a “batalha” política travada no “Coração” do poder. Usam uma entidade que até pouco tempo era respeitada e considerada o centro das discussões para o desenvolvimento do Norte de Minas. Um verdadeiro conflito de interesses. A escassez hídrica no nordeste brasileiro é tratada com seriedade, todos os políticos se unem para resolver o problema; um exemplo a transposição do São Francisco – está pronta e, rios que não corriam naturalmente, hoje os canais levam água a eles. Outro exemplo a adutora do Rio São Francisco p/ Guanambi – BA e as Barragens do Ceará. Minas Gerais que detém uma das maiores reserva hídrica do País, a água é objeto de disputa política. Nada sai do papel. Êta cabeça de Jegue! O Jornalista Alberto Sena Batista, em um dos seus artigos cita: - “O Rio Congonhas ERA uma das esperanças de salvação para Montes Claros. O Congonhas é tributário do Rio Itacambiraçu, de onde a Copasa retira água para abastecer a população de Grão Mogol. Por mal dos pecados, o Rio Congonhas secou. E com o rio seco se foi também o sonho de construção de uma barragem para abastecimento de água à população de Montes Claros”. - Isso é uma comprovação do seu desencanto e de todos nós. A Opção do Rio Pacuí para abastecer Montes Claros é a mais viável diante do do quadro atual - é um caso de emergência - futuramente o mais breve possível a extensão até o Rio São Francisco em IBIAI-MG. A água para Montes Claros não é somente para o abastecimento dos montesclarenses – como diz o campesino de juramento – é para todos aqueles que fazem parte da população flutuante da cidade – entorno de 65.000 a 80.000 diariamente. E mais! A manutenção e o futuro da economia da nossa cidade estão na água que abastecem os Distritos Industriais, sem a água as indústrias reduzem a produção e demitem os empregados; outras vão embora e, têm aquelas pretendem fixar suas unidades aqui, desistirão quando tomarem ciências dos MOVIMENTOS CONTRA A OTIMIZAÇÃO DA OFERTA da água. - Ou estou errado? Muitos falam que a Copasa não investiu nos últimos anos. Não posso falar por ela, mas, explico que uma empresa como a Copasa; Caesb, Sanepar, Sabesp e outras concessionárias, são conduzidas pelo o Senhor Governador do estado. De 1982 prá cá – Passaram: Tancredo Neves; Itamar; Hélio Garcia; Newton Cardoso; Aécio (08 anos); Anastasia (04 anos); Alberto Pinto Coelho (4 de abril de 2014 e 1º de janeiro de 2015) e o Pimentel que ai está. Assim! As fontes de produção só são implementadas com o aval do governador e não pelo corpo técnico de uma empresa saneamento – nós (corpo técnico) somos os gestores da captação, adução, tratamento, reservação da água tratada e distribuição da água que existe (ofertada) - ora com racionamento ou outras medidas de acordo com a Agência Reguladora de Saneamento. É bom que todos os “abutres da seca” entendam que a vida útil de uma barragem é uma metamorfose, depende da Taxa de crescimento da cidade e suas necessidades industriais; além dos estudos batimétricos e da conservação da bacia hidrográfica. Um exemplo: Monte Claros – como era previsto - não atingiu os 500.000 habitantes nativos em 2000 (até hoje) . Começa por ai! Volto a dizer! O futuro da economia está na água. E água não é petróleo – o petróleo acaba – a água não! Temos que conviver com o seu ciclo e fazer uma boa gestão. Gestão é uma medida de obrigação de todos. Desde campesino até os letrados – desde das nascentes, até a torneira de casa. Não temos um aqüífero guarani, estamos no inicio do semi-árido brasileiro. Temos de acabar com a hipocrisia, temos de deixar de ser pequinês. Todos reclamam da falta d’água, mas, se termos uma obra para resolver a anormalidade é ótimo ; mas sempre vem uma “Pororoca” de xiitas desinformados para invadir a área técnica, sempre para criar dificuldades, visando vender “facilidades”. Como tem gente usando a Crise Hídrica para se promover! - Informação não é Conhecimento! . Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Montes Claros, são cidades abastecidas com água de outros municípios – vamos largar o ressentimento e as invejas políticas de lado, e pensar no bem comum e condicionar as opções conforme suas demandas; se não! Vamos fechar as portas dos municípios e entregar a chave prá Deus. - Será também o fim das entidades “sei lá prá que serve”. “Em uma discussão, o difícil não é defender a sua opinião – é conhecê-la” (*) José Ponciano Neto: Tec. Recursos Hídricos e Conselheiro dos Comitês de Bacias das Hidrográficas– SF06 CBH Jequitaí-Pacui / JQ1 - Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Alto Jequitinhonha / JQ2 - Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araçuaí /. Parque Estadual serra do Cabral e Parque Nacional Sempre Viva

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