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Mensagem: O FIM BACIA E DO RIO CONGONHAS: Hoje 18/09/2017 fui à comunidade rural de Congonhas verificar “in loco” o fim do Rio Congonhas. Todos já esperavam! Mas, diante da mensagem no mural N. 82.703 postada por uma professora desloquei até lá. As áreas de recargas que abastecem os córregos do RIO CONGONHAS, são as mesmas que abastecem os Rio Juramento, Saracura e Canos – este ultimo já morto - se encontram na Serra do Espinhaço onde existem os reflorestamentos de eucaliptos. Pela vertente Sul, estão os Rios Macaúbas e do Onça que abastece Bocaiúva-MG – um colapso geral. As plantações dos eucalipto têm inseridas no meio de grandes discussões com muitas controvérsias e continuam a despertar acalorados debates quanto a seus impactos no meio ambiente. O que mais destaca é consumo de água pelas árvores e seus impactos sobre a umidade do solo, os rios e os lençóis freáticos. Recentemente, precisamente dia 15 de Setembro 2017 a empresa (...) recebeu uma delegação de vereadores para uma visita com intenção de constatar se havia alguma irregularidade nas atividades agressivas ao meio ambiente. Pois bem! Como a empresa tinha conhecimento que a delegação vereadores não tinha NENHUM técnico em recursos hídricos, limitou-se em delatar e apontar apenas aquilo que lhe interessava. Tudo muito bonito, mas, quando foram devassados por mim (este escriba) acerca das agressões que os barramentos provocaram nas nascentes. O auxiliar da diretoria da empresa, Sr (...), encurtou as respostas, recusando-as. Enfim, nenhum dos dados técnicos foram apresentados, como: Taxa de evapotranspiração - vazão dos córregos – o consumo da água usada na retirada dos fornos (água explotada dos poços na área de recarga) - taxa de infiltração no solo e principalmente os produto químicos usados na destoca e combate as pragas. Sobre o Corredor biológico que é uma faixa linear de vegetação contínua que liga diferentes habitats para permitir mobilidade das diversas espécies - os técnicos da empresa não explicaram, apenas disseram que existia e ficou nisso. Explicando: A evapotranspiração é o ciclo da água que, após precipitar-se sobre o solo, é sugada pelas raízes, evaporada de volta para a atmosfera. Se (evapotranspiração) for maior do que o volume de chuvas, isso significa que a floresta está “se alimentando” das reservas de água contidas no lençol freático. Por isso, é fundamental na avaliação dos impactos sobre os recursos hídricos. - Além disso, as chuvas de menores diâmetros, como o chuvisco, as florestas de eucalipto interceptam – pelas folhas e tronco de 11% a 20% da precipitação pluviométrica (outro agravante). Fica evidente que o consumo absoluto de água pelo eucalipto, está ao redor de 800 a 1.200 mm/ano, muitas vezes maior que a nossa precipitação – a média dos últimos quatro anos foi de 600 milimetros. Este “trade–off” é negativo e as reflorestadoras não estão precificando corretamente (?) o risco de caos ambiental dos recursos hídricos. As vazões dos córregos Tiadósia e Brejinho está visivelmente seis vezes menores que a vereda poderia produzir. As nascentes para o Rio Congonhas já não correm mais, motivo do secamento do principal rio onde seria construída a Barragem homônima. Lembrando que a (...) não renovou três outorgas por motivos não explicados - diz o Sr. (...) auxiliar de diretoria da empresa – pode ser por que as veredas secas (mortas pelos barramentos) não as interessam. Licenciados ou não outorgados ou não o reflorestamento com eucalipto em Minas Gerais – não cabe ao município – devem fica sujeitos a critérios técnicos e deverão adequar-se aos parâmetros da lei. O Estado tem que regulamentar e estabelecer critérios para a compensação ambiental com essências nativas. - A crise hídrica tem que ser tratada de forma racional e não com política. “Em uma discussão, o difícil não é defender a sua opinião – é conhecê-la” (*) José Ponciano Neto: Tec. Recursos Hídricos e Conselheiro dos Comitês de Bacias das Hidrográficas– SF06 CBH Jequitaí-Pacui / JQ1 - Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Alto Jequitinhonha / JQ2 - Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araçuaí /. Parque Estadual serra do Cabral e Parque Nacional Sempre Viva
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