Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: Lembra é preciso II O professor Edson Ferreira Andrade nos diz que “o poeta de si mesmo nada pode dizer de real” e que “nós não vivemos da poesia, mas também não existiríamos sem ela”. A poesia, na visão de Sílvio Prado, é “um universo imaginário” e para Alphonsus de Guimaraens Filho a vida do poeta “é mais real que a realidade”. A poesia é, em verdade, “rebento de momentos sofridos”. Ivana Ferrante Rebelo observa: “Quem de nós não plantou sementes de sonhos? Quem de nós não guarda uma saudade no peito? Quem não traz a emoção de um abraço? De uma flor ganhada? De uma conversa partilhada?” Luiz de Paula Ferreira nos adverte que: “Quem quiser plantar saudade, primeiro escalde a semente, plante num lugar bem seco onde o Sol bata bem quente, pois se plantar no molhado ela nasce e mata a gente”. Os anos passam, trazem o esquecimento e ocasionam o nascimento da saudade, mas ela, a saudade, é necessária à lembrança. Coelho Neto sentenciou que “a casa da saudade chama-se memória”. Os versos de Dóris Araújo são vivos e efervescentes em cada texto contido nas folhas de seus livros, transparentes e brilhantes como os sóis que iluminam a sua arte de poetizar. Eles passeiam voluptuosos pelo erotismo de seu corpo, que torna rubras as rosas. Tão sublimes quanto o enlevo de sua alma embriagada de sentimentos inquietantes como as ondas agigantadas de um mar revolto. Os seus sonhos, enfeitados de estrelas, não deixam que a terra macule os seus pés, em desvarios de loucura. Neles ela mostra o lado humano de sua alma exterior, energia que ela manifesta com prazer para deleite de seus leitores. Deles extrai-se, dentro da teoria machadiana da alma exterior, a importância que têm os outros para ela mesma. É uma pena que o tempo tenha levado algumas de suas composições em versos, mesmo que elas fossem mágoas ou dores bem doídas. Não conheço a sua prosa, mas aplaudo o seu subjetivismo poético. Revendo Dóris Araújo, lembrei-me com saudade do seu projeto “Livro na Praça”, uma realização apoiada pela Secretaria de Cultura de Montes Claros, sob a direção de Ildeu Braúna, que buscou difundir as obras literárias dos escritores montes-clarenses. A mostra pública ocorria todos os domingos, na Praça da Matriz, no horário de 9:00 às 14:00 horas. Os livros eram expostos para conhecimento dos visitantes, que compareciam à Barraca do Projeto. Todos os domingos alguns escritores se faziam presentes, em processo de revezamento, promovendo uma interação com os visitantes, em um processo autor-livro-leitor. Em “Hamlet”, de Shakespeare, edição de Martim Claret, destaca-se do Prefácio anotações sobre o livro como objeto de cultura, mas lamentavelmente o número de leitores de livros não tem crescido na mesma proporção da expansão demo¬gráfica mundial. A grande maioria da população humana contenta-se com a leitura de jornais e revistas, que não transmitem ideias, ou com o rádio e a televisão, que escravizam a mente e o espírito. Meus filhos terão computadores sim, mas antes terão livros´ (Bill Gates).
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima