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Mensagem: Belo Horizonte chega aos 120 anos Manoel Hygino Os novos prefeitos estão interessados em melhorar as condições de vida nas cidades. Este um compromisso assumido nas campanhas eleitorais e eles, de um modo geral, querem honrá-lo. No entanto, nem tudo o desejado e prometido pode ser feito diante das circunstâncias críticas que o país atravessa. A imagem do brasileiro, gente feliz, alegre e cantante, mudou imensamente no decorrer das últimas décadas. Até porque, com a conivência da imprensa e com as campanhas publicitárias patrocinadas pelo poder público, criou-se um quadro muito positivo, de uma situação favorável, que não correspondem à realidade. Grande parte do Brasil interiorano migrou para as cidades grandes, cujos governos fizeram questão de divulgar que lá existe tudo aquilo que falta em regiões mais distantes: água, luz telefone, casa própria, educação e saúde e todo o mais etcétera que existe. Quando desembarca nas capitais, do jeito que Deus não quer e o diabo adora, o brasileiro descobre que a impressão dos confortos e bondades era falsa. Não tem onde instalar-se com a família, falta trabalho, alimentação, água tratada, saneamento básico, e – mais do que antes- assistência médica e escolas. Voltar se faz impossível... A missão dos prefeitos que assumiram a administração dos seus municípios é das mais difíceis; a começar pelas vias invadidas pelos camelôs, mendigo, moradores de rua, usuários de drogas, desempregados e quem mais formem o contingente de infelizes que querem solução para seus urgentes problemas. Fazer o que? Como devem agir os prefeitos? Não há exatamente por onde e como começar, porque tudo é prioritário, para ontem, mas os recursos do erário municipal são insuficientes: quem dispõe de condições financeiras não pretende que os tributos aumentem; quem de nada dispõe, não tem o que dar. A guerra do prefeito Kalil com os camelôs tem sido intensa e ele sabe o que propõe. Mas a sinalização em sentido contrário é também vigorosa, por motivos compreensíveis, embora a população reconheça que o alcaide atue em benefício da cidade que chega aos 120 anos. Belo Horizonte não é mais o Curral del-Rei que serviu de fundamento à capital. Como sede de governo, Beagá tem obrigação de mais propiciar aos visitantes, aos moradores, aos novos investidores, às representações de outras capitais e países que aqui vêm. Não somos uma ampliação de favela, mas não há mais aquele sentimento e consciência civilizadas de outrora. Falta muito, muito mesmo. O amplo noticiário dos jornais e as reclamações infindas de rádios e televisões deixam suficientemente claro que se deseja melhorar; mais do que desejo, é imposição. De um modo geral, o habitante da cidade grande reclama um celular, uma televisão em cores, um automóvel, mais do que de água na torneira ou de esgoto sanitário em primeira instância. A não ser, quando a doença bate à porta e tem de recorrer ao sistema de saúde, bem projetado, mas que requer atualização e cumprimento de condições mínimas de higiene para evitar doenças próprias do clima. Em 2009, o governo federal anunciou R$ 70 bilhões para saneamento básico pelo PAC. Muitas obras emperraram, outras andam lentamente, há má qualidade de projetos e a presença sempre indesejável da burocracia. Assim estamos.
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