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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 15 de novembro de 2024
 

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Mensagem: OS CEM ANOS DO GENIO DO EMPREENDORISMO. - O Várzea-Palmense que revolucionou Montes Claros e Região. “Chegar aos 100 anos é empreender uma travessia pelo mundo lá fora e dentro de si. É da vida: o tempo e a lucidez se (e nos) encontram com o passar dos anos”. Ele nasceu em 27 de Junho de 1917 em Várzea da Palma - MG um Povoado de Pirapora-MG. Seus pais o Sr. Joaquim de Paula Ferreira (comerciante na localidade) e Emília Mendonça de Paula. Época que surgia a Estrada de Ferro. Este menino nasceu, e logo veio o tétano neonatal, mais conhecido como o “mal de sete dias”. Temendo que o filho morresse “Pagão”; no dia 30/06/17, a pedido da sua esposa, Sr. Joaquim procurou as pressas o homem mais religioso de Várzea da Palma para batizá-lo. Ainda dentro de casa, ao lado da cama onde Dona Emilia cultivava o “resguardo” - sob os auspícios de Deus - o menino foi levado aos braços de Sr Bertulino P. Ribeiro e de Dona Alzira Ponciano V. Ribeiro – bisavô e avó deste escriba – no qual me orgulho. Graças às orações dos pais, do ferreiro Sr. Bertulino e a vontade de Deus o menino se salvou da doença. Depois da primeira batalha vencida, meses depois o neófito foi oficialmente batizado na Igreja de Pirapora e recebeu o nome de Luiz de Paula Ferreira – inicialmente iria receber o nome de Luiz Gonzaga de Paula Ferreira – o Sr. Joaquim não gostou do “Gonzaga”, que foi retirado no momento do registro. É o que foi narrado pela minha avó, Dona Alzira Ponciano. O certo que o menino nasceu, curou-se e saiu para o mundo para trabalhar e estudar. Tornou-se Contador, Deputado Federal (1967/70), Advogado, compositor, escritor, historiador e um grande visionário empreendedor. Casou-se com a Mestra Isabel Rebello de Paula, mulher de uma civilidade e humildade imensurável. - Certo dia fui à casa da família situada à Rua Dr. Santos para resolver uma demanda da empresa que trabalho, e lá encontrei Dona Isabel com os afazeres de casa na maior simplicidade do mundo. Aquela imagem deixou-me admirado, devido a sua posição social e financeira. Somente a intelectualidade de uma pessoa pode engrandecê-la daquela forma. É uma grande mulher. Sr. Luiz de Paula começou muito cedo suas andanças pelo o mundo trabalhou com seu pai, o Tio Basílio de Paula, de balconista nos comércios dos amigos da família, que lhe rendeu uma experiência meteórica. Ainda criança (nos anos 30) foi trabalhar em Juramento – MG em uma casa de armarinho. A sua chegada ao povoado foi narrada em um dos seus livros: - “A chegada a Juramento foi decepcionante. Eu viera a cavalo, desde Glaucilândia. Ao descer o Morro da Barriguda, abarquei com a vista o povoado. Era um pequeno aglomerado de casas, no fundo de uma depressão, no vale do Rio Juramento, cercada por serras e morros. A população, como vim, a saber mais tarde, pelo censo de 1940, era de 545 pessoas na sede do povoado e mil e poucas na zona rural”. Diz o menino Luiz. Ali, o menino trabalhou por algum tempo, seguiu para Glaucilândia –MG, onde trabalhou em casa comercial tipo “tem-tudo” – foi trabalhador braçal e aprendiz na agência da Estação da Estrada de Ferro, com o pequeno salário pagava suas diárias na pensão. A vida foi passando, este menino cresceu virou adulto, começaram surgir novos desafios. Em 1936/7 fundou o Rotary club em Montes Claros, voltou para Juramento–MG como sócio-gerente de uma Casa Comercial, e logo retornou a Montes Claros. Com o apoio do Rotary Club Internacional – no qual foi Governador - inicia uma série de benfeitorias para o Norte de Minas. Lembro-me da famosa Algodoeira Luiz de Paula (foto). A Algodoeira possuía um ramal ferroviário à sua porta e uma plataforma para carga e descarga de algodão, um escritório, onde, de vez em quando, eu ia receber os erários das notinhas dos serviços prestados aquela empresa pelo meu avô Sr. Ponciano e meu Sr. Manoel Ponciano – ferreiros de profissão como era o Sr. Bertulino. Hoje a Algodoeira foi transformada em um Educandário. O ensino foi sempre o foco do Sr. Luiz de Paula. Vejamos a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras – FAFIL, que originou outras faculdades que fomentaram a criação da Fundação Norte Mineira de Ensino Superior – FUNM e posteriormente a Unimontes. A criação da antiga Fafil, instalada em 1963 e que, inicialmente, teve como mantenedora a Fundação Educacional Luiz de Paula – FELP –, sendo incorporada à FUNM em 1966. Tendo como um dos fundadores, Padre Jorge Ponciano Ribeiro ao lado das professoras Isabel Rebello de Paula, Maria Florinda Pires, Maria Isabel (Baby) Figueiredo Sobreira e Maria da Consolação (Mary) Figueiredo. Sr. Luiz de Paula também fez a doação de um quarteirão na Av. Dulce Sarmento, com 5.000m2; além de dinheiro, para a construção da Escola do Ensino Profissional do SENAI, hoje ainda funciona muito bem. Sr. Luiz de Paula sempre foi um grande visionário. Ele não enxergava o setentrião mineiro encapelado pelo o Sol ardente e a falta d’água, como o Cabo das Tormentas. Com a visão de Vasco da Gama e com a experiência exitosa da Algodoeira, ele conseguiu transformar o Norte de minas em Cabo da Boa Esperança. Com foco na indústria, este “caixeiro viajante” do desenvolvimento econômico e social da região, ingressou a sua terra natal (Várzea da Palma) na era da industrialização; com o apoio do Rotary Internacional, maçonaria, outras instituições e, sempre a frente, o Sr. Luiz de Paula implantou na cidade várias indústrias. Com o Polo Têxtil do Norte de Minas não foi diferente. Face da habilidade e a coragem adquirida ao longo do tempo, o idealizador da Coteminas fez a doação do terreno de 150 mil metros quadrados em frente ao antigo aeroporto, para a construção da maior empresa empregatícia da cidade. Mas, para que o seu sonho fosse realizado, foi necessário o apoio do Rotary Club junto á SUDENE e a parceria com José Alencar Gomes da Silva proprietário da fábrica de confecções Wembley em Ubá-mg. A Coteminas foi implantada em 1971 e inaugurada em 1975 com as presenças do então Prefeito Moacir Lopes e do Governador do Estado Rondon Pacheco. Como várias outras indústrias da época, a empresa também foi beneficiada com incentivos de ordem creditícia, na forma de financiamentos diretos, tendo como contrapartida empregos que privilegiavam os montes-clarenses. Outros benefícios vieram por meio do prestigio do empresário Luiz de Paula Ferreira, além de todas as indústrias contemporâneas, o asfaltamento da BR-135, trecho Curvelo - Montes Claros - Colonização de Jaíba - Asfaltamento da BR-365, no trecho Pirapora – Canoeiros (BR-040) - Recursos para a construção da estação de passageiros do Aeroporto de Montes Claros - por intermédio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, liderou um projeto para implantação do Frigorífico Norte de Minas – Frigonorte, e muitos outros. A este irmão da Ordem Maçônica, obreiro da Loja Maçônica Deus e Liberdade, e confrade da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, compositor da canção Montes Claros Centenária, sinceramente Ir,’, gostaria que a genética mudasse as combinações dos genes, e o contemplasse com, pelo menos mais 50 anos de vida, para Montes Claros voltar a crescer. Feliz centenário! (*) - José Ponciano Neto - Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros – Acadêmico da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas.

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