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Mensagem: Cidade mineira que enfrenta rodízio de água tenta conter vazamentos - Problemas na rede de distribuição de Montes Claros geram desperdício e impedem que volume da principal barragem volte a a aumentar - Luiz Ribeiro - Apesar dos baixos volumes da principal barragem que abastece a cidade e de enfrentar um rigoroso rodízio desde meados do ano passado, Montes Claros perde 33% da água tratada em vazamentos nas redes de distribuição. São 18 milhões de litros por dia que deixam os mananciais de abastecimento e não chegam aos consumidores do município de 398 mil habitantes, segundo dados da Copasa. Para reduzir esse volume, que equivale a duas vezes o consumo diário do segundo maior município da região – Janaúba, onde vivem 71 mil pessoas –, a companhia acaba de lançar o Programa Caça Gotas. - Segundo o superintendente Operacional Norte da Copasa em Montes Claros, Roberto Botelho, o objetivo é reduzir o índice de perdas na rede de distribuição para 25%, considerado aceitável dentro do Programa Nacional de Modernização do Saneamento (PNMS), do Ministério das Cidades. A média nacional é bem acima desse índice: 40%. O alvo principal são as perdas determinadas por problemas no próprio sistema, embora as ligações clandestinas, os chamados “gatos”, que segundo Botelho respondem por um percentual muito pequeno do “desperdício”, também estejam na lista. Os consumidores que forem flagrados por fazer ligações clandestinas poderão receber multas, cujos valores variam de acordo com a quantidade de água que consumiram – de R$ 400 a R$ 50 mil, ficando sujeitos ainda a processo criminal. Entre janeiro e abril último, foram descobertas 140 ligações clandestinas no município, com o flagrante de gato até em um condomínio. Vazamentos Mas são os vazamentos nas tubulações da própria companhia de abastecimento o principal inimigo a ser enfrentado. E, contraditoriamente, os esforços para economizar água – um sistema de rodízio pelo qual os domicílios de determinadas regiões ficam sem receber o líquido por 22 horas, sendo abastecidos nas 26 seguintes – têm contribuído para aumentar o problema. “Para fazer o rodízio, é preciso fechar a rede de água de determinado bairro e abrir a que atende outro. Quando é feita a abertura, aumenta a velocidade da água na tubulação. Isso eleva a possibilidade de danos nos canos e de vazamentos”, explica o superintendente da Copasa em Montes Claros. Como não é possível prescindir do rodízio, considerando que, devido à falta de chuvas, a Barragem do Rio Juramento (Sistema Rio Verde Grande), que abastece 70% da população de Montes Claros, está com 29,9% de sua capacidade, contra 47% registrados no mesmo período de 2016, o jeito é combater as perdas. Para isso, a Copasa recorre a equipamentos eletrônicos que funcionam por um sistema sonoro – o técnico aproxima o aparelho do local em que passa uma tubulação e, pelo som emitido, percebe se há algum tipo de vazamento. Quatro equipes treinadas estão vasculhando as diversas partes da cidade com os aparelhos, na tentativa de localizar e eliminar os vazamentos. O programa já foi implantado em Belo Horizonte e em Ubá, na Zona da Mata. Roberto Botelho frisa que, para cumprir a meta, a Copasa investe ainda na melhoria do sistema de abastecimento, com a substituição de canos antigos por uma nova tubulação, mais resistente. Estão sendo substituídos os canos da rede de água dos bairros Edgar Pereira e Alto São João e São José. Os serviços já foram concluídos no Centro de Montes Claros. As redes serão trocadas também nos bairros Todos os Santos, Vila Guilhermina, São Luís e Morrinhos.
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