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Mensagem: Grande Roberto Lima Alberto Sena Convivi com o advogado Roberto Lima na década de 60, em Montes Claros, muito antes de ele estudar Direito. Época explosiva aquela, quando quase tudo em termos de cultura, música e artes de modo geral saíam do casulo para virar borboleta. Roberto veio a falecer nesta quinta-feira, 1° de junho. Tantas festas juninas ele viveu. E juntos vivemos, sob o friozinho medroso antes existente em Montes Claros, naquela década, no mês de junho, quando as fogueiras ardiam e os ares ficavam enfumaçados. Nessa época, a família morava na Rua Corrêa Machado, 238, em frente ao “campo do União”. Roberto morava na Rua Doutor Veloso, a uns 200 metros lá de casa. Ele e o irmão dele, Ronaldo, que chamamos de Roxxim, fazia parte de um grupo de amigos com os quais jogávamos futebol no campo do União. Com os dois irmãos tive boa convivência, juntamente a outros amigos de então como Cícero Estru, Cícero Cuecão, Rubinho, Luiz Biondi, além de outros. Morávamos todos na mesma região. Na época, a Praça de Esportes era o melhor ponto de encontro da juventude. À noite saíamos juntos ou voltávamos juntos para casa. Cícero Cuecão na Rua Camilo Prates; Cícero Estru na Rua Corrêa Machado, acima lá de casa; Roberto e Ronaldo na Rua Doutor Veloso, para onde dava a janela principal da casa de Luiz Biondi. Como não podia deixar de ser, a própria vida cuidou de nos colocar em um tabuleiro de xadrez. Chega um momento, a ânsia da vida por si mesma separa as pessoas. Cada um vai para um lado. Fui para Belo Horizonte. Roberto para Januária. Ronaldo para Janaúba. Cícero Cuecão foi cedo para outra dimensão. Cícero Estru foi para a capital. Rubinho, para Rondônia, depois Florianópolis e, em seguida, Belo Horizonte. Recentemente foi se encontrar com os amigos. E Biondi mudou-se para a Bahia. Por um longo espaço de tempo perdi contato com os irmãos Roberto e Ronaldo. Para não dizer com os demais citados também. Com o advento do Facebook, resgatei Roberto e Ronaldo. Sobre Roberto, motivo de inspiração para redigir este texto, vinha acompanhando-o todos os dias quando dava “bom dia” aos seus amigos com um texto de conteúdo espiritual. Sempre positivo, bem humorado, ele tinha uma legião de acompanhantes. Muitos deles carentes de uma boa palavra para avançar nas durezas da vida. Recordo-me, por esses dias, Roberto fez um comentário diferente, no “Feed de Notícias”. Ele havia sentido algo no peito e foi ao médico. Eu até brinquei com Roberto sugerindo dar “umas braçadas no Rio São Francisco e tudo ficará bem”. Mas, pude me informar depois, o problema dele eram artérias obstruídas, teria de receber cinco pontes safenas. Ao redigir este texto confesso não saber ainda a “causa mortis”. Todo humano precisa de um pretexto para partir deste plano de vida. E quando isso acontece, pelo menos no meu entendimento, é porque a pessoa completou o seu estágio de vida nesta nossa dimensão e partiu para outra. Em outras palavras, a morte não existe. O que existe é o pretexto para partir. Seria eu acho como passar por uma porta aberta ou saltar uma janela de casa. Pelo que pude acompanhar baseado nas inserções de suas mensagens no FB nesta fase de “amigo virtual”, Roberto foi o mesmo Roberto da década de 60, em termos de índole, caráter, essas particularidades que fazem o homem – e a mulher – ficar em pé íntegro, com dignidade. Roberto, enfim, era (é) uma alma boa que viveu entre nós. Ele dava de si às pessoas. No FB estão os registros de sua ação caritativa. Afinal, “A caridade é a plenitude da Lei”. P.S.: Era para redigir esse texto, ontem. Fiz o primeiro parágrafo, mas, interrompi-o. A emoção não deixou prosseguir. Terminei-o agora, 13h.
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