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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: FUNERÁRIA NO CENTRO DE POLÊMICA Alberto Sena A notícia de possível instalação de uma funerária na Praça São Sebastião, próximo ao Hospital Afrânio Augusto Figueredo, em Grão Mogol, é o epicentro de uma polêmica que vem atanazando a vida de seus vizinhos. O estabelecimento ainda nem foi instalado e já incomoda. Encontra-se em processo de reforma do imóvel, onde até há pouco tempo funcionava o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) transferido para o Bairro Bandeirantes, próximo ao ginásio Quita Benquerer. Em Psicologia há um vocábulo – “Misoneísmo” – que, traduzido, quer dizer, “medo do novo” ou do “desconhecido”. Geralmente isso acontece com todo tipo de gente. Trocando em miúdos, é algo que costuma causar “frio na barriga”. Comum é ouvir isso das pessoas, quando não têm idéia do que irá acontecer diante de um desafio, um concurso, por exemplo, com poucas vagas, e a necessidade de obter êxito. O mais alto grau de “misoneismo” é o medo da morte. Ninguém sabe dizer o que poderá acontecer depois de batermos as botas ou abotoarmos o paletó ou ainda partirmos desta para outra, quiçá, melhor, e assim por diante. Há várias maneiras de dizer a mesma coisa. Os vivos de modo geral não gostam de tratar do assunto. Têm medo. Uns têm medo nem tanto da desencarnação, mas como a morte vem, se por doença lenta, sofrida ou não. Tudo relacionado à morte aflige qualquer cristão ou sacristão, para não dizer todo humano vivente. Basta ver o carro da funerária para as pessoas ficarem com palpitações. A possibilidade de ser instalada em determinado lugar uma funerária, é motivo de arrepio para muita gente. Para os vizinhos, então, nem se fala. No caso em tela, o imóvel está em reforma para instalação de uma filial da Funerária Avelar, de Montes Claros. O imóvel tem por vizinhos o Asilo São Vicente de Paulo, de um lado, e do outro, a casa do empresário Lúcio Bemquerer, o construtor do Presépio Natural Mãos de Deus, um benfeitor grãomogolense. Quase por unanimidade, as pessoas estão contra a instalação de uma funerária naquele local. Além de depreciar os imóveis vizinhos – dizem vozes que se levantam contra a funerária naquele ponto – se for instalado velório, irá trazer dissabores para a vizinhança porque a atividade exige cuidados especiais e a área é residencial. Os contrários ao empreendimento ali acham muito mais viável a instalação da funerária noutro lugar e até sugerem a Avenida Domingos Arruda. Hoje, no período da manhã, dois jovens trabalhavam na reforma do imóvel. Eles já elevaram a parede na fachada e estão cuidando do telhado. Disseram que o dono do empreendimento está disposto a seguir em frente com a obra, mas nesse meio tempo cresce o descontentamento contra a funerária naquele ponto da Praça São Sebastião.

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