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Mensagem: Sem Juiz, delegado, padre e, talvez, promotora Grão Mogol, uma das Comarcas mais antigas, município onde viveram o Barão Gualtér Martins Pereira e Francisco Sá, este responsável por trazer linha férrea ao Norte de Minas, terra natal de José Afonso Bicalho, atual secretário de Estado de Fazenda, reclama da falta de respeito das autoridades do governo de Minas, da justiça mineira e da Diocese de Montes Claros, que deixaram o município com um braço amarrado a uma perna. Contra o governo de Minas os grãomogolenses reclamam da falta de um delegado de polícia. Corre por aqui a notícia de que a delegada Maria Angélica Fernandes Almeida Prado, em férias, não retornará mais a Grão Mogol no dia 8 de janeiro, como era previsto. Ela foi definitivamente absorvida pela Superintendência Regional da Polícia Civil sediada em Montes Claros. Para substituí-la viria “um delegado de Bocaiúva”. Vários inquéritos continuam parados na delegacia de polícia porque dependem de instruções de um delegado. Contra o judiciário, a cidade reclama da falta de um juiz de Direito permanente. Uma montanha de dez mil processos no Fórum local aguarda um juiz que possa dar andamento normal ao trâmite processual. Em Grão Mogol, as pessoas até já se acostumaram com essa falta de atenção do judiciário, o que demonstra descrença na justiça. Dizem: “O juiz que mais tempo ficou aqui, permaneceu por dez meses. O mais recente, Wagner Mendonça Bosque, vinha fazendo bom trabalho e talvez porque tenha demonstrado eficiência, foi transferido para a Comarca de Mantena, no Vale do Rio Doce. Contra a Diocese de Montes Claros a reclamação é devido à retirada dos dois padres, Diogo e Alexandre. Eles chegaram recentemente e não devem nem ter se acomodado direito na Casa Paroquial e já estão de saída. Em menos de três anos, quatro padres por aqui passaram, os dois mencionados e os padres Geraldo Magela e Ailton. Entretanto, o que está ruim pode piorar um pouco mais se a promotora Gerciluce de Brito Sales Costa, recém-chegada a Grão Mogol também for embora. Pelo menos é o que se ouve dizer. Ela já estaria pensando nisso. E se isso acontecer, estará de fato escancarada à demonstração de negligência como Grão Mogol é tratada. Quem se habilitar conversar com um cidadão grãomogolense sobre essa situação tragicômica não terá a menor dificuldade em encontrar um. Todos reclamam, uns com os outros, mas alguma virose, como os médicos costumam dizer, os impede de tomar uma atitude política de pôr cobro a essa situação vexatória. Os próprios advogados integrantes da Ordem dos Advogados (OAB), Seção de Grão Mogol, os mais interessados em ter uma justiça que de fato funcione, tinham de intensificar as reivindicações a quem de direito para resolver essas questões. São pedras no caminho do trabalho deles e na vida dos seus clientes. Se não reclamam, os gestores acham estar tudo funcionando às mil maravilhas.
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