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Mensagem: Gravíssima a crise aqui em Brasília, uma cidade desafortunada. Grave a crise, como sempre, nos últimos anos. Brasília, a ilha da ilusão, comanda o derretimento do Brasil. Os políticos e não só eles não se dão conta do que fazem com a nação - que trabalha, procura superar os percalços criados pelas muitas e superpostas camadas do poder, alheias, indiferentes. Caos, 4 letras. Pudera. O Brasil que trabalha passa fome no fim do mês se não consegue produzir. O Brasil/Estado incendeia o país e ao final do mês recebe altíssimos salários, sem qualquer preocupação. A crise institucional é o exemplo - as duas pontas não precisam se afligir, receberão no fim do mês. Já o Brasil real não sabe mais o que fazer, a quem apelar. Até quando? Cícero, 63 anos antes de Cristo, já nos avisava: ´Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem freio? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda nocturna da cidade, nem os temores do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem o olhar e o aspecto destes senadores, nada disto conseguiu perturbar-te? Não sentes que os teus planos estão à vista de todos? Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem? Quem, de entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, em que local estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram as tuas? Oh tempos, oh costumes! O Senado tem conhecimento destes factos, o cônsul tem-nos diante dos olhos; todavia, este homem continua vivo! Vivo?! Mais ainda, até no Senado ele aparece, toma parte no conselho de Estado, aponta-nos e marca-nos, com o olhar, um a um, para a chacina. E nós, homens valorosos, cuidamos cumprir o nosso dever para com o Estado, se evitamos os dardos da sua loucura. à morte, Catilina, é que tu deverias, há muito, ter sido arrastado por ordem do cônsul; contra ti é que se deveria lançar a ruína que tu, desde há muito tempo, tramas contra todos nós. Pois não é verdade que uma personagem tão notável. como era Públio Cipião, pontífice máximo. mandou, como simples particular, matar Tibério Graco, que levemente perturbara a constituição do Estado? E Catilina. que anseia por devastar a ferro e fogo a face da terra, haveremos nós, os cônsules, de o suportar toda a vida? E já não falo naqueles casos de outras eras, como o facto de Gaio Servílio Aala ter abatido, por suas próprias mãos, Espúrio Mélio e, que alimentava ideias revolucionárias. Havia, havia outrora nesta República, uma tal disciplina moral que os homens de coragem puniam com mais severos castigos um cidadão perigoso do que o mais implacável dos inimigos. Temos um decreto do Senados contra ti, Catilina, um decreto rigoroso e grave; não é a decisão clara nem a autoridade da Ordem aqui presente que falta à República; nós, digo-o publicamente, nós, os cônsules, é que faltamos.´ No entanto, não obstante, hoje é dia de Ambrósio, o bispo de Milão. O que reformou Agostinho, futuro bispo de Hipona, Santo Agostinho, com a seguinte, e breve, advertência: - Agostinho, o homem não encontra a Verdade. - É a Verdade que encontra o Homem.
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