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Mensagem: Como era Cuba Manoel Hygino - Hoje em Dia (03/12/16) Pessoas se impressionaram com alguns números e informações sobre Cuba antes da Revolução castrista em 1959, que aqui registrara, em comentário. Enfim, a ilha ficava muito perto dos Estados Unidos, que dominavam toda a região. Acontece em todos os tempos e lugares em que há o império de poderosos. Mas Cuba tinha e tem luz própria, apesar da proximidade territorial diminuta e dimensões. Por exemplo: o movimento feminista na América Latina lá apareceu pela primeira vez no final dos anos 30. Ela se antecipou à Espanha em 36 anos, pois no país ibérico só se concedeu às espanholas o direito de voto, a posse dos filhos e o direito de passaporte ou conta bancária sem autorização do marido, em 1976. Em termos de comunicação, o segundo país no mundo a fazer transmissão por televisão foi Cuba, em 1950. Um sucesso. As maiores estrelas da América, sem chance em seus respectivos países, iam a Havana para aparecer em seus canais. Em seguida apareceu a tevê em cores, que passou a emitir sinais oito anos depois. Em 1954, Cuba havia uma cabeça de gado por pessoa e o país ocupava a terceira posição na América latina (depois de Argentina e Uruguai) no consumo de carne bovina per capita. Em termos de saúde, não ficava por menos. Em 1955, Cuba já se revelava o segundo país na América Latina com menor taxa de mortalidade infantil (33,4 por mil nascimentos). Em 1956, a ONU a reconheceu como segundo país latino com as menores taxas de analfabetismo (apenas 23,6%). As do Haiti eram 90%; e El Salvador, Bolívia, Venezuela, Brasil, Peru, Guatemala e República Dominicana, com 50%. Em 1957, a ONU registrou Cuba como o país da América Latina com maior número de médicos per capita (um por 197 habitantes) e com maior percentual de casas com energia elétrica, seguida pelo Uruguai. O conforto era prioritário, tanto que o primeiro hotel com ar-condicionado em todo o mundo foi construído em Havana: o Riviera, em 1951. O mesmo ocorreu com o primeiro prédio em concreto armado do planeta, o Focsa, erguido em 1952. Em 1958, Cuba se orgulhava de ser o país da América Latina com maior número de automóveis (160 mil, um para cada 38 habitantes). Sua população possuía mais eletrodomésticos do que qualquer outra nação. O país contava com o maior número de quilômetros de ferrovias por Km² e o segundo no número total de aparelhos de rádio. Em 1958, apesar da sua pequena extensão e de apenas 6,5 milhões de habitantes, Cuba era a 29ª economia do mundo. Em 1959, Havana se tornara a cidade do mundo com o maior número de salas de cinema: 358, batendo Nova York e Paris, que ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente. O embaixador Vasco Leitão da Cunha, que esteve na ilha em 1940 e 1956, comentou: “Da segunda vez, Havana estava muito mais desenvolvida. Cuba tinha uma prosperidade muito grande, só comparável à da Venezuela e à da Argentina, antes de Perón. Era uma vida de muito luxo”. Em 1959, houve a revolução. Começa outro capítulo na história da ilha.
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