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Mensagem: 04/10/2016 20:55 - Prefeito de Montes Claros escapa outra vez da PF e é considerado foragido - Agência Estado - Alvo de dois mandados de prisão neste ano e segundo mais votado no primeiro turno da eleição para a prefeitura de Montes Claros, no interior de Minas Gerais, o prefeito afastado do município Ruy Muniz (PSB) não foi encontrado pela Polícia Federal em sua residência nesta terça-feira, 4, e é considerado foragido da Justiça desde as 17h. O mais recente mandado de prisão contra ele - que foi elogiado pela mulher e deputada Raquel Muniz em seu voto na sessão do impeachment de Dilma na Câmara - foi expedido em setembro. Como ele não foi encontrado pela PF na ocasião, acabou se valendo de uma generosidade do período eleitoral - nenhum candidato pode ser preso, exceto em flagrante delito, nos 15 dias que antecedem o pleito e nos dois dias posteriores. Amparado nessa brecha da legislação, Muniz conseguiu disputar o primeiro turno das eleições em Montes Claros mesmo no centro de inúmeros processos e driblou até o indeferimento de sua candidatura pela Justiça Eleitoral. O prazo da imunidade de Muniz terminou na tarde deste terça-feira, 4, mas quando a PF chegou em sua residência ele não foi encontrado. Na segunda-feira, ele deu uma entrevista coletiva explicando sua situação e citando todos os recursos que ainda pode utilizar na Justiça para conseguir ser eleito. Muniz é suspeito de desviar recursos públicos da saúde para beneficiar o hospital de sua família, mas foi a renúncia de seu candidato a vice fora do prazo legal que resultou no indeferimento da candidatura à reeleição. Mesmo assim, seu nome apareceu nas urnas e ele recebeu 48.515 votos, que não entraram no cômputo oficial. O resultado levaria a disputa para o segundo turno, pois os 75.882 votos do primeiro colocado, Humberto Souto (PPS), não seriam suficientes para definir a eleição já no domingo. No mês passado, a Justiça expediu novo mandado de prisão contra Muniz, numa operação do Ministério Público Estadual que investiga desvio de verbas na empresa municipal de serviços e obras. A investigação constatou gasto excessivo de combustíveis e subcontratação de empresas, num esquema de fraudes que teria desviado R$ 7,5 milhões em aluguel de máquinas. Como a legislação eleitoral proíbe a prisão de candidatos 15 dias antes das eleições, ele conseguiu uma liminar para seguir em campanha. A partir das 17 horas desta terça, o mandado de prisão pode ser cumprido, mas, segundo Muniz, seus advogados tentam revogar a medida. Ele também entrou com recurso contra o indeferimento da candidatura e aguarda julgamento pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), que deve ocorrer na quarta, 5. No site do TSE, consta que o resultado das eleições em Montes Claros está sujeito a alteração. Se for confirmada a impugnação do atual prefeito, Humberto Souto será considerado eleito, por ter obtido 54,8% dos votos válidos. A segunda colocada entre os candidatos em situação regular, Leninha Souza (PT), teve 25,8% dos votos. À reportagem, Muniz disse ontem que é perseguido pela oposição e vai continuar em campanha para o segundo turno que, acredita, vai acontecer. ´Se não fosse esse problema (da impugnação), eu teria levado a eleição no domingo.´ Ele garantiu que não sairá da cidade para escapar de uma possível prisão. ´Sou uma pessoa do bem, trabalho, tenho endereço fixo, não sei porque devo ser preso se as denúncias são falsas. Sou ficha limpa, não tenho nenhuma condenação.´ Sobre o comentário feito pela esposa na sessão da Câmara dos Deputados, ele garante que ela falou a verdade. ´Fui mesmo o prefeito mais bem avaliado do Brasil, e pode escrever aí: ainda vou ser governador de Minas Gerais.´ *** Revista Istoé - 04.10.16 - 20h40 - Prefeito de Montes Claros escapa outra vez da PF e é considerado foragido - Estadão Conteúdo - Alvo de dois mandados de prisão neste ano e segundo mais votado no primeiro turno da eleição para a prefeitura de Montes Claros, no interior de Minas Gerais, o prefeito afastado do município Ruy Muniz (PSB) não foi encontrado pela Polícia Federal em sua residência nesta terça-feira, 4, e é considerado foragido da Justiça desde as 17h. O mais recente mandado de prisão contra ele – que foi elogiado pela mulher e deputada Raquel Muniz em seu voto na sessão do impeachment de Dilma na Câmara – foi expedido em setembro. Como ele não foi encontrado pela PF na ocasião, acabou se valendo de uma generosidade do período eleitoral – nenhum candidato pode ser preso, exceto em flagrante delito, nos 15 dias que antecedem o pleito e nos dois dias posteriores. Amparado nessa brecha da legislação, Muniz conseguiu disputar o primeiro turno das eleições em Montes Claros mesmo no centro de inúmeros processos e driblou até o indeferimento de sua candidatura pela Justiça Eleitoral. O prazo da imunidade de Muniz terminou na tarde deste terça-feira, 4, mas quando a PF chegou em sua residência ele não foi encontrado. Na segunda-feira, ele deu uma entrevista coletiva explicando sua situação e citando todos os recursos que ainda pode utilizar na Justiça para conseguir ser eleito. Muniz é suspeito de desviar recursos públicos da saúde para beneficiar o hospital de sua família, mas foi a renúncia de seu candidato a vice fora do prazo legal que resultou no indeferimento da candidatura à reeleição. Mesmo assim, seu nome apareceu nas urnas e ele recebeu 48.515 votos, que não entraram no cômputo oficial. O resultado levaria a disputa para o segundo turno, pois os 75.882 votos do primeiro colocado, Humberto Souto (PPS), não seriam suficientes para definir a eleição já no domingo. No mês passado, a Justiça expediu novo mandado de prisão contra Muniz, numa operação do Ministério Público Estadual que investiga desvio de verbas na empresa municipal de serviços e obras. A investigação constatou gasto excessivo de combustíveis e subcontratação de empresas, num esquema de fraudes que teria desviado R$ 7,5 milhões em aluguel de máquinas. Como a legislação eleitoral proíbe a prisão de candidatos 15 dias antes das eleições, ele conseguiu uma liminar para seguir em campanha. A partir das 17 horas desta terça, o mandado de prisão pode ser cumprido, mas, segundo Muniz, seus advogados tentam revogar a medida. Ele também entrou com recurso contra o indeferimento da candidatura e aguarda julgamento pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), que deve ocorrer na quarta, 5. No site do TSE, consta que o resultado das eleições em Montes Claros está sujeito a alteração. Se for confirmada a impugnação do atual prefeito, Humberto Souto será considerado eleito, por ter obtido 54,8% dos votos válidos. A segunda colocada entre os candidatos em situação regular, Leninha Souza (PT), teve 25,8% dos votos. À reportagem, Muniz disse ontem que é perseguido pela oposição e vai continuar em campanha para o segundo turno que, acredita, vai acontecer. “Se não fosse esse problema (da impugnação), eu teria levado a eleição no domingo.” Ele garantiu que não sairá da cidade para escapar de uma possível prisão. “Sou uma pessoa do bem, trabalho, tenho endereço fixo, não sei porque devo ser preso se as denúncias são falsas. Sou ficha limpa, não tenho nenhuma condenação.” Sobre o comentário feito pela esposa na sessão da Câmara dos Deputados, ele garante que ela falou a verdade. “Fui mesmo o prefeito mais bem avaliado do Brasil, e pode escrever aí: ainda vou ser governador de Minas Gerais.” *** R7 - Rede Record de Televisão - Prefeito afastado de Montes Claros volta a ser foragido da polícia - Ruy Muniz teve o mandado suspenso por causa do período eleitoral, mas concorre à reeleição - Do R7, com Ezequiel Fagundes da Record Minas - Pela segunda vez em menos de um mês, o prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz, é considerado foragido da Justiça. Ele é acusado de desvios de verbas da cidade. Uma equipe da Polícia Federal esteve na mansão do político na tarde desta terça-feira (4), para prendê-lo, mas ele não foi encontrado. Com o término do primeiro turno, o mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais contra Muniz passou a ter validade novamente. Mesmo afastado do cargo, ele concorre à reeleição amparado pela legislação eleitoral, que proíbe a prisão de candidatos a 15 dias da eleição, excluindo em casos de flagrante. Novamente foragido, Muniz voltará a ser protegido pela lei eleitoral em 15 de outubro. A eleição em Montes Claros, cidade polo do norte de Minas, virou uma novela na Justiça. Nesta terça-feira, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais adiou o julgamento da campanha dele após o juiz pedir mais tempo para analisar um recurso do prefeito afastado. Muniz quer concorrer à reeleição sem um candidato a vice, pois o seu ex-parceiro de chapa renunciou à candidatura após Muniz ter se tornado foragido a primeira vez. Como o prazo para troca do vice já havia passado, o TRE cancelou a candidatura em votação unânime. Mas graças a outro recurso, ele acabou participando do primeiro turno, mas não teve os votos contados justamente por causa da ausência de vice. Dessa forma, o candidato Humberto Souto (PPS), venceu a disputa com Muniz no primeiro turno. O advogado eleitoral José Sad Júnior, representante de Muniz, disse ter protocolado hoje um mandado de segurança na primeira instância em Montes Claros a fim que seu cliente tenha os votos computados e possa participar do segundo turno. O mandado de prisão é derivado da operação ´Tolerância Zero´ do Ministério Público Estadual sob acusação de montar um esquema de desvios de verbas em cupons de abastecimentos de combustíveis custeados pela prefeitura. Segundo os investigadores, parte da verba desviada foi usada para comprar a mansão onde político mora em Montes Claros. Além do MPE, Muniz, sua mulher, a deputada federal Raquel Muniz, juntamente com dois filhos do casal, são alvos de duas operações da PF.
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