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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: 03 Outubro 2016 | 18h36 - Prefeito com mandado de prisão é segundo mais votado em Montes Claros (MG) Ruy Muniz, do PSB, ganhou projeção nacional ao ser preso, em abril deste ano, pela Polícia Federal, um dia após sua esposa, a deputada Raquel Muniz (PSD-MG), ter elogiado o marido quando votava pelo impeachment de Dilma Roussef - José Maria Tomazela - Mesmo afastado do cargo, sob risco de prisão e com a candidatura à reeleição indeferida pela Justiça Eleitoral, o prefeito de Montes Claros (MG), Ruy Muniz, do PSB, recebeu votos suficientes para disputar o segundo turno na votação de domingo, 2. Muniz ganhou projeção nacional ao ser preso, em abril deste ano, pela Polícia Federal, um dia após sua esposa, a deputada Raquel Muniz (PSD-MG), ter elogiado o marido quando votava pelo impeachment de Dilma Roussef. ´Meu voto é para dizer que o Brasil tem jeito, e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão´, afirmou. O prefeito afastado é suspeito de desviar recursos de hospitais públicos para beneficiar o hospital de sua família, mas foi a renúncia de seu candidato a vice fora do prazo legal que resultou no indeferimento da candidatura à reeleição. Mesmo assim, seu nome apareceu nas urnas e ele recebeu 48.515 votos, que não entraram no cômputo oficial. O resultado levaria a disputa para o segundo turno, pois os 75.882 votos do primeiro colocado, Humberto Souto (PPS), não seriam suficientes para definir a eleição já no domingo.Na semana passada, a Justiça expediu novo mandado de prisão contra Muniz, numa operação do Ministério Público Estadual que investiga desvio de verbas na empresa municipal de serviços e obras. A investigação constatou gasto excessivo de combustíveis e subcontratação de empresas, num esquema de fraudes que teria desviado R$ 7,5 milhões em aluguel de máquinas. Como a legislação eleitoral proíbe a prisão de candidatos 15 dias antes das eleições, ele conseguiu uma liminar para seguir em campanha. A partir das 17 horas desta terça-feira, 4, o mandado de prisão pode ser cumprido, mas, segundo Muniz, seus advogados tentam revogar a medida. Ele também entrou com recurso contra o indeferimento da candidatura e aguarda julgamento pelo Tribunal Regional Eleitoral (TSE), que deve ocorrer na quarta (5). No site do TSE, consta que o resultado das eleições em Montes Claros está sujeito a alteração. Se for confirmada a impugnação do atual prefeito, Souto será considerado eleito, por ter obtido 54,8% dos votos válidos. A segunda colocada entre os candidatos em situação regular, Leninha Souza (PT), teve 25,8% dos votos. Ao Estado, Muniz disse que é perseguido pela oposição e vai continuar em campanha para o segundo turno que, acredita, vai acontecer. ´Se não fosse esse problema (da impugnação), eu teria levado a eleição no domingo.´ Ele garantiu que não sairá da cidade para escapar de uma possível prisão. ´Sou uma pessoa do bem, trabalho, tenho endereço fixo, não sei porque devo ser preso se as denúncias são falsas. Sou ficha limpa, não tenho nenhuma condenação.´ Sobre o comentário feito pela esposa na sessão da Câmara dos Deputados, ele garante que ela falou a verdade. ´Fui mesmo o prefeito mais bem avaliado do Brasil, e pode escrever aí: ainda vou ser governador de Minas Gerais.´ *** Folha de São Paulo - 03/10/2016 - 12h03 - Prefeito que fugiu da polícia tenta disputar segundo turno em MG - José Marques - Belo Horizonte - Depois de fugir da polícia e ter a chapa cancelada pela Justiça Eleitoral, o prefeito afastado de Montes Claros (norte de Minas), Ruy Muniz (PSB), conseguiu votos suficientes para disputar o segundo turno no município. Sua defesa recorre ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que a chapa, que recebeu 48 mil votos, seja validada. ´A gente apresentou recurso e deve ter uma resposta durante a semana´, afirma a advogada de Muniz, Marilda Marlei. O vencedor da eleição em Montes Claros foi o candidato do PPS, Humberto Souto, que teve 76 mil votos. Como os votos para Muniz não têm validade atualmente, Souto vence a eleição em primeiro turno, com 54% dos votos válidos. Caso o TSE reverta a decisão contra o prefeito afastado, esse número cai para 40% contra 25% de Muniz. Ruy Muniz foi considerado foragido pela Justiça no dia 15 de setembro, quando teve um mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Foi a segunda vez que ele teve a prisão decretada em cinco meses, por motivos diferentes. Ele reapareceu dias depois, beneficiado por estar em campanha, já que a legislação eleitoral não permite candidatos sejam presos 15 dias antes do pleito, a não ser em flagrante delito. VOTO DO IMPEACHMENT Muniz ficou conhecido nacionalmente por ter sido preso um dia depois de sua mulher, a deputada federal Raquel Muniz (PSD), ter votado pela abertura de processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em abril. Em seu voto, ela disse que tomava aquela decisão ´para dizer que o Brasil tem jeito´ e que ´o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão´. A PF suspeita que ele inviabilizou o funcionamento de hospitais públicos e filantrópicos para beneficiar um hospital de sua família. Muniz nega as acusações. Ele foi solto em julho e registrou a chapa para se reeleger, mas a Polícia Civil deflagrou outra operação, chamada Tolerância Zero, que apura suposta fraude na compra de combustível pela prefeitura da cidade. O nome da operação faz referência a uma das marcas da gestão Muniz em Montes Claros, cujo slogan era ´Tolerância Zero Contra a Corrupção´. Sua chapa foi cancelada por um juiz eleitoral no último dia 16, após o candidato a vice-prefeito Danilo Narciso (PMDB) apresentar renúncia. Na ocasião, Narciso disse que agia ´de acordo com princípios éticos e morais´. A decisão foi mantida pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Estado. *** Revista Istoé - 03.10.16 - 18h57 - Prefeito com mandado de prisão é segundo mais votado em Montes Claros (MG) - Estadão Conteúdo - Mesmo afastado do cargo, sob risco de prisão e com a candidatura à reeleição indeferida pela Justiça Eleitoral, o prefeito de Montes Claros (MG), Ruy Muniz, do PSB, recebeu votos suficientes para disputar o segundo turno na votação deste domingo, 2. Muniz ganhou projeção nacional ao ser preso, em abril deste ano, pela Polícia Federal, um dia após sua esposa, a deputada Raquel Muniz (PSD-MG), ter elogiado o marido quando votava pelo impeachment de Dilma Roussef. “Meu voto é para dizer que o Brasil tem jeito, e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão”, afirmou. O prefeito afastado é suspeito de desviar recursos de hospitais públicos para beneficiar o hospital de sua família, mas foi a renúncia de seu candidato a vice fora do prazo legal que resultou no indeferimento da candidatura à reeleição. Mesmo assim, seu nome apareceu nas urnas e ele recebeu 48.515 votos, que não entraram no cômputo oficial. O resultado levaria a disputa para o segundo turno, pois os 75.882 votos do primeiro colocado, Humberto Souto (PPS), não seriam suficientes para definir a eleição já no domingo. Na semana passada, a Justiça expediu novo mandado de prisão contra Muniz, numa operação do Ministério Público Estadual que investiga desvio de verbas na empresa municipal de serviços e obras. A investigação constatou gasto excessivo de combustíveis e subcontratação de empresas, num esquema de fraudes que teria desviado R$ 7,5 milhões em aluguel de máquinas. Como a legislação eleitoral proíbe a prisão de candidatos 15 dias antes das eleições, ele conseguiu uma liminar para seguir em campanha. A partir das 17 horas desta terça-feira, 4, o mandado de prisão pode ser cumprido, mas, segundo Muniz, seus advogados tentam revogar a medida. Ele também entrou com recurso contra o indeferimento da candidatura e aguarda julgamento pelo Tribunal Regional Eleitoral (TSE), que deve ocorrer na quarta, 5. No site do TSE, consta que o resultado das eleições em Montes Claros está sujeito a alteração. Se for confirmada a impugnação do atual prefeito, Souto será considerado eleito, por ter obtido 54,8% dos votos válidos. A segunda colocada entre os candidatos em situação regular, Leninha Souza (PT), teve 25,8% dos votos. À reportagem, Muniz disse que é perseguido pela oposição e vai continuar em campanha para o segundo turno que, acredita, vai acontecer. “Se não fosse esse problema (da impugnação), eu teria levado a eleição no domingo.” Ele garantiu que não sairá da cidade para escapar de uma possível prisão. “Sou uma pessoa do bem, trabalho, tenho endereço fixo, não sei porque devo ser preso se as denúncias são falsas. Sou ficha limpa, não tenho nenhuma condenação.” Sobre o comentário feito pela esposa na sessão da Câmara dos Deputados, ele garante que ela falou a verdade. “Fui mesmo o prefeito mais bem avaliado do Brasil, e pode escrever aí: ainda vou ser governador de Minas Gerais.”

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