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Mensagem: Gabeira, repórter por excelência Alberto Sena A primeira vez que encontrei Fernando Gabeira foi em 1989, quando ele se candidatou a presidente da República, e fomos “abraçar” o Morro da Pedreira, na serra do Cipó, a 100 quilômetros de Belo Horizonte. O morro, todo feito de mármore, estava sendo devastado. Havia mais de cem pessoas. Eu, como editor de Meio Ambiente de jornal, fui cobrir o evento. O morro foi salvo da destruição. Ao final do abraço no Morro da Pedreira travei conhecimento com Gabeira, mineiro de Juiz de Fora. Ele precisava de uma carona até ao aeroporto da Pampulha e fomos conversando, entre uma cochilada e outra dele devido ao cansaço causado pela campanha política. Poucas semanas depois nos encontramos de novo em um congresso de Jornalismo, em Brasília, onde ele falou para centenas de jornalistas do Brasil inteiro e lembrou ao público, em certo momento, um texto com o qual a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) me deu um prêmio de reportagem com a matéria intitulada, “O roubo do Rio Verde revolta a Jaíba”. Tanto tempo depois, nos reencontramos aqui, em Grão Mogol, onde ele veio fazer uma reportagem para a GloboNews a respeito do Presépio Natural Mãos de Deus. Para Grão Mogol, que será divulgada, além do presépio, a vinda de Gabeira tem significado marcante porque ele é um nome nacional e internacional. Impressionante é a vitalidade dele. Tendo como auxiliar Maurício Lucindo de Souza, Gabeira monta o tripé da câmera de filmar ou saca da câmera fotográfica para fazer uma tomada. Parece um jovem repórter em início de carreira tamanha mobilidade. Ele começou a gravar sobre o presépio na casa do feitor da obra, o empresário Lúcio Bemquerer, que, em cadeira de rodas se recupera de uma cirurgia na medula. Uma das tomadas foi dentro de casa e outra fora, diante da bela paisagem da Serra do Espinhaço. Gabeira quis saber da história do presépio desde o início. Os circunstantes tiveram que guardar silêncio total para não empanar a entrevista porque os aparelhos são de alta sensibilidade. Selecionei alguns momentos do fazimento da entrevista como também dos intervalos, quando acontecia de Gabeira até ajoelhar na sala para apanhar uma lente na sacola (Vejam as fotos). Marcante nele, sem falar da competência, da independência profissional, da história trazida na sua mochila de vida, é a simplicidade dele, sob todos os aspectos – na fala clara, calma e objetiva; na maneira de vestir, no modo racional de trabalhar. Que ele possa voltar a Grão Mogol outras vezes, com mais vagar, pois a região possui atrativos que uma pessoa com o olhar crítico dele, trabalhando em um canal de televisão de tamanha visibilidade poderá mostrar ao mundo as maravilhas do nosso sertão.
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