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Mensagem: Folha de São Paulo - 15h19 - Deputada que teve marido preso após impeachment é investigada - Márcio Falcão - O STF (Supremo Tribunal Federal) investiga a suspeita de que a deputada Raquel Muniz (PSDMG) e seu marido, o prefeito afastado de Montes Claros (MG), Ruy Muniz (PSB), comandaram uma organização criminosa que cometeu crimes como sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato, fraude contra credores e lavagem de dinheiro. Em seu primeiro mandato, Raquel ganhou projeção nacional ao elogiar seu marido durante a sessão da Câmara que aprovou o avanço do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, em abril. Ao votar, ela justificou ser favorável ao processo e disse que Muniz ´mostra que o Brasil tem jeito´. Ele acabou preso um dia depois e atualmente cumpre prisão domiciliar. Segundo o Ministério Público Federal, foi descoberto um suposto esquema em que a Sociedade Educativa do Brasil (Soebras), entidade filantrópica comandada pela deputada e seu marido, exercia verdadeira atividade empresarial, auferindo e distribuindo lucros e rendas, por meio de transferências a entidades presididas pela congressista. A Procuradoria aponta que a deputada e o prefeito assumiram o comando da sociedade com a finalidade de se utilizar do certificado de beneficência titularizado pela entidade, colocando sob administração escolas particulares e cursos reparatórios de propriedade do casal, para que estas empresas gozassem de imunidade e isenção tributárias. Para a Procuradoria Geral da República, o casal adotou, para a aquisição dos estabelecimentos, o seguinte procedimento irregular: abrir uma filial da Soebras no mesmo endereço da instituição a ser incorporada; transferir todo o patrimônio da instituição para a Soebras; alterar o quadro societário da instituição para incluir interpostas pessoas como filhos e irmãos do casal; e manter a inscrição no CNPJ da empresa incorporada, movimentando recursos, e beneficiando-se da imunidade tributária de que goza a sociedade. Para o MP, o modus operandi consiste na distribuição, por tais instituições, de dividendos para os chefes da organização criminosa e na blindagem patrimonial dos bens de uso pessoal do casal Ruy Muniz e Raquel Muniz. A entidade controlada pelos investigados possui mais de 125 instituições de ensino e saúde, detentoras de certificados de benemerência que lhes conferem imunidade/isenção tributária. ´O primeiro exame apresenta elementos de participação direta da parlamentar e seu marido (Ruy Muniz) nos fatos narrados. Não se está diante de notícia sem qualquer apoio indiciário ou de notícia fundada somente em denúncia anônima, devendose dar prevalência, diante disso, ao interesse da sociedade em ver esclarecidos os fatos´, escreveu o ministro Luís Roberto Barroso, relator do inquérito. O ministro já autorizou a quebra do sigilo fiscal das empresas componentes do grupo econômico controlado pelo casal. ´O presente inquérito visa a apurar supostos delitos de sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato, fraude contra credores e lavagem de dinheiro por parte de organização criminosa supostamente comandada pela investigada e por seu marido, Ruy Muniz´, afirmou o ministro. Na sessão do impeachment, Raquel Muniz disse em seu voto a favor da abertura de processo contra a presidente que tomava aquela decisão ´para dizer que o Brasil tem jeito´ e que ´o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão´. ´É pelo norte de Minas, é por Montes Claros, é por Minas Gerais, é pelo Brasil´, afirmou a deputada. O prefeito é suspeito de inviabilizar a existência e o funcionamento de hospitais públicos e filantrópicos que atendem pelo SUS ao deixar de prestar serviços pela rede municipal. *** G1 - Globo Com - 16h24 - Deputada que elogiou marido ao votar no impeachment é investigada - Raquel Muniz (PSB-MG) e Ruy Muniz são suspeitos de estelionato e lavagem. Inquérito estava oculto no sistema do STF, mas foi revelado nesta sexta (17). Mariana Oliveira - Da TV Globo, em Brasília - A deputada federal Raquel Muniz (PSB-MG) e o marido dela, o prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz, são alvo de inquérito por suspeita de sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro. O casal ficou famoso após a prisão do prefeito, no dia 18 de abril. Na véspera, durante a votação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff na Câmara, Raquel elogiou a gestão do marido ao votar pela abertura do processo. Veja no vídeo acima. A investigação foi autorizada no fim do ano passado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas tramitava no regime oculto, o mais alto grau de sigilo de processos da Corte, extinto por uma resolução no fim de maio. O inquérito, tornado público nesta sexta-feira (17), apura se a deputada e o prefeito afastado comandavam uma organização criminosa para conseguir vantagens indevidas por meio de uma entidade sem fins lucrativos, a Soebras, que segundo Barroso “possui mais de 125 instituições de ensino e saúde, detentoras de certificados que lhes conferem isenção tributária”. Em abril, ao votar pela abertura do processo de impeachment, Raquel elogiou a gestão do marido em Montes Claros. ´Meu voto é em homenagem às vítimas da BR-251. É para dizer que o Brasil tem jeito, e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão´, declarou. No dia seguinte, Ruy Muniz foi preso pela Polícia Federal por suspeita de favorecer hospitais particulares e cumpre atualmente prisão domiciliar. Ao abrir o inquérito, o ministro Barroso determinou a quebra de sigilo fiscal, entre 2009 e 2015, de empresas administradas pelo casal nas áreas de educação e saúde. O ministro destacou que “o primeiro exame apresenta elementos de participação direta da parlamentar e seu marido nos fatos narrados´. Em outra decisão dentro do inquérito, dada nesta semana, Barroso determinou a quebra de sigilo fiscal e bancário de mais pessoas ligadas às empresas. No despacho, o ministro explicou que o grupo buscava dividir valores ilícitos e blindar os bens da deputada e do prefeito. “O modus operandi consiste, em síntese, na distribuição, por tais instituições, de dividendos para os chefes da organização criminosa e na blindagem patrimonial dos bens de uso pessoal do casal”, afirmou. Não há prazo para conclusão da coleta de provas realizada pela Polícia Federal. Após o inquérito, caberá ao procurador-geral da República decidir se denuncia ou não a deputada por crimes. Se eventual denúncia for aceita, a parlamentar pode virar ré em ação penal. *** O Tempo - 16h39 - Deputada que teve marido preso após impeachment é investigada STF investiga a suspeita de que a deputada Raquel Muniz (PSD-MG) e seu marido, o prefeito afastado de Montes Claros (MG), Ruy Muniz (PSB), comandaram uma organização criminosa que cometeu crimes como sonegação fiscal - O STF (Supremo Tribunal Federal) investiga a suspeita de que a deputada Raquel Muniz (PSD-MG) e seu marido, o prefeito afastado de Montes Claros (MG), Ruy Muniz (PSB), comandaram uma organização criminosa que cometeu crimes como sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato, fraude contra credores e lavagem de dinheiro. Em seu primeiro mandato, Raquel ganhou projeção nacional ao elogiar seu marido durante a sessão da Câmara que aprovou o avanço do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, em abril. Ao votar, ela justificou ser favorável ao processo e disse que Muniz ´mostra que o Brasil tem jeito´. Ele acabou preso um dia depois e atualmente cumpre prisão domiciliar. Segundo o Ministério Público Federal, foi descoberto um suposto esquema em que a Sociedade Educativa do Brasil (Soebras), entidade filantrópica comandada pela deputada e seu marido, exercia verdadeira atividade empresarial, auferindo e distribuindo lucros e rendas, por meio de transferências a entidades presididas pela congressista. A Procuradoria aponta que a deputada e o prefeito assumiram o comando da sociedade com a finalidade de se utilizar do certificado de beneficência titularizado pela entidade, colocando sob administração escolas particulares e cursos reparatórios de propriedade do casal, para que estas empresas gozassem de imunidade e isenção tributárias. Para a Procuradoria-Geral da República, o casal adotou, para a aquisição dos estabelecimentos, o seguinte procedimento irregular: abrir uma filial da Soebras no mesmo endereço da instituição a ser incorporada; transferir todo o patrimônio da instituição para a Soebras; alterar o quadro societário da instituição para incluir interpostas pessoas como filhos e irmãos do casal; e manter a inscrição no CNPJ da empresa incorporada, movimentando recursos, e beneficiando-se da imunidade tributária de que goza a sociedade. Para o MP, o modus operandi consiste na distribuição, por tais instituições, de dividendos para os chefes da organização criminosa e na blindagem patrimonial dos bens de uso pessoal do casal Ruy Muniz e Raquel Muniz. A entidade controlada pelos investigados possui mais de 125 instituições de ensino e saúde, detentoras de certificados de benemerência que lhes conferem imunidade/isenção tributária. ´O primeiro exame apresenta elementos de participação direta da parlamentar e seu marido (Ruy Muniz) nos fatos narrados. Não se está diante de notícia sem qualquer apoio indiciário ou de notícia fundada somente em denúncia anônima, devendo-se dar prevalência, diante disso, ao interesse da sociedade em ver esclarecidos os fatos´, escreveu o ministro Luís Roberto Barroso, relator do inquérito. O ministro já autorizou a quebra do sigilo fiscal das empresas componentes do grupo econômico controlado pelo casal. ´O presente inquérito visa a apurar supostos delitos de sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato, fraude contra credores e lavagem de dinheiro por parte de organização criminosa supostamente comandada pela investigada e por seu marido, Ruy Muniz´, afirmou o ministro. Na sessão do impeachment, Raquel Muniz disse em seu voto a favor da abertura de processo contra a presidente que tomava aquela decisão ´para dizer que o Brasil tem jeito´ e que ´o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão´. ´É pelo norte de Minas, é por Montes Claros, é por Minas Gerais, é pelo Brasil´, afirmou a deputada. O prefeito é suspeito de inviabilizar a existência e o funcionamento de hospitais públicos e filantrópicos que atendem pelo SUS ao deixar de prestar serviços pela rede municipal. OUTRO LADO A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da deputada e não obteve resposta até as 16h desta sexta. Na época da prisão, Ruy Muniz negou envolvimento com irregularidades. *** O Globo - 22h27m - Deputada que teve marido preso após voto do impeachment é investigada no Supremo - Raquel Muniz responde a inquérito por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica - POR ANDRÉ DE SOUZA - BRASÍLIA — A deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG), famosa por citar o marido — que acabou preso —no discurso em que anunciou ser favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, responde a um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. O processo se tornou público após longo tempo oculto, ou seja, quando sua existência sequer era confirmada pelo STF. O inquérito foi aberto no ano passado a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), que alega ter descoberto uma esquema pelo qual a Sociedade Educativa do Brasil (Soebras), uma entidade filantrópica comandada pela deputada e pelo marido, exercia na verdade atividade empresarial, auferindo e distribuindo lucros e rendas. Isso se daria por meio de transferências a entidades presididas por Raquel Muniz. Por ser filantrópica, a Soebras tem isenções tributárias. De acordo com informações obtidas junto à Receita Federal, a Soebras é mantenedora de 125 estabelecimentos nas áreas de educação e saúde. Deles, pelo menos 40 têm os mesmos endereços. — O meu voto é em homenagem às vítimas da BR-251. O meu voto é para dizer que o Brasil tem jeito, e o Prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com a sua gestão. O meu voto é por Tiago, David, Gabriel, Mateus, minha neta Júlia, minha mãe, Elza. Meu voto é pelo norte de Minas, é por Montes Claros, é por Minas Gerais, é pelo Brasil. Sim, sim, sim! — disse Raquel na sessão de 17 de abril, quando a Câmara aprovou a continuidade do processo de impeachment. No dia seguinte, o marido Ruy Muniz foi preso pela Polícia Federal suspeito de prejudicar o funcionamento de hospitais públicos em favorecimento de uma rede particular, gerido pela própria família. A Operação `Máscaras da Sanidade II - Sabotadores da Saúde` também prendeu a secretária de saúde do município, Ana Paula Nascimento.
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