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Mensagem: OCUPADO Em um bom papo com Tio João Valle Maurício, ele me segredou que na rua Padre Augusto, nos anos cinqüenta, tinha uma dama discretíssima, de sangue bávaro, chamada Frieda, que atendia, reservadamente, cavalheiros recatados e abonados. Era bem frequentada, pois além de loira, tipo raro no sertão, fazia célebre peripécia que as putas habituais de Montes Claros desconheciam ou acanhavam no ofício. Ela morava bem em frente do escritório de Waldemar Tic Tac, contador metódico, que tinha por obsessão controlar tudo à sua volta. De olho no relógio, sabia o horário da chegada e saída de todos os funcionários das lojas comerciais adjacentes e fazia um verdadeiro rastreamento na rotatividade da madama. Os clientes tinham os seus horários pré-estabelecidos, hora e meia, e a entrada na casa de Frieda era precedida por uma batida na porta com um certo repique, previamente definido. Batuque certo, porta aberta. Certa feita, um mancebo erado do Brejo das Almas, atraído pelas prendas da alemã, desavisado, veio bater na porta da loba germânica, sem prévio agendamento. Batia, dava um tempo, batia de novo e ... nada. Waldemar Tic Tac, do outro lado da rua, pela janela do seu escritório, já tinha registrado que um velho freguês, minutos atrás, já havia entrado na casa e estava desfrutando seu tempo. Ao ver o rapaz bater insistente na porta, não se conteve e bradou: - Oi, psiu! Ô moço! Não tem ninguém aí, não? - É, parece que não. Eu bato e ninguém responde. - Ora, desconfie, rapaz, se você bate e ninguém responde é porque tem! Xispa!
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