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Mensagem: Dívida de gratidão de Montes Claros e de todo o Norte de Minas De Minas Por Maria Ribeiro Pires Há muita dívida com as Irmãs do Colégio Imaculada Conceição. As moças ainda jovens saíam de cidades pequenas ou de grandes fazendas e iam para o internato do Colégio das Irmãs em Montes Claros. Aprendiam francês, português, matemática... mas acima de tudo aprendiam uma postura de civilidade, de organização que levariam depois de formadas a sua terra natal . Eram professoras e ensinariam às crianças e adultos. Aprendiam a postura à mesa de refeição, a maneira de cumprimentar e de comportarem-se em sala de visitas ou em salas de aulas. Não só aprendiam as disciplinas do currículo escolar... Eram professoras e já crescidas, já moças feitas voltariam para as fazendas sendo arrimo para quem delas necessitassem. Importante a sua ajuda para a Paróquia, para a Prefeitura. Era até um bom partido para um homem que ia se casar com uma professora formada no Colégio Imaculada em Montes Claros. Ensinavam música, piano, pois haviam aprendido no Colégio a tocar, cantar, representar em peças teatrais e passavam a todos o que lhes havia sido ensinado com as Mestras.. Bendito Colégio! Desde os tempos das Irmãs belgas até o s dias de hoje. Educadas, formavam gerações. Se casadas, ensinavam aos filhos nova posturas frente ao Mundo. Quem se lembra das Irmãs belgas, a Irmã Canuta, Emili? E tantas outras? Vinham Irmãs da Bélgica, mas outras eram brasileiras e traziam saudades e histórias de Araguari, de São Paulo. Irmã Eloina nos contava histórias sobre o plantio do café. Irmã Beata, Irmã Malvina ficavam na Santa casa, mas outras Irmãs eram destinadas ao magistério. Com que carinho guardo a lembrança de Irmã de Lourdes, sempre saudosa de Januária e do sol deitando seus raios de luzes sobre o Rio São Francisco Agora, recebo uma notícia muito triste. Irmã Dulce nos deixou. É como se um pedaço de nossa história estivesse partido. Só agora é que percebemos o bem que fizeram conosco. Mesmo indo para centros maiores suas alunas cuidam-se de se reunir, mostrar fotos e contar fatos da vida escolar. A lembrança do Colégio é indelével. Talvez Irmã Dulce em sua delicadeza, sua generosidade nunca percebeu o quanto significou para nós o seu sorriso mesmo na gravidade de seus ensinamentos. Agora, fora dos portões do Colégio, fica aquela lembrança do que ela nos ensinou no catecismo de Jesus, e isto nos dá a certeza de que hoje ela está na casa do Pai. Que de lá ela nos abençoe.
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