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Mensagem: O AMOR O amor é a própria essência do universo. É a força coesiva, que liga os átomos e faz girar os astros em suas devidas órbitas. O amor é vida, é união, é fé, esperança, mudança, movimento, recomeço, ressurreição. É a força maior que governa a vida. E, se ele é a essência da vida, é, também, a nossa própria natureza. Entretanto, você pode se perguntar: “Mas, se é assim, por que tantos homens só demonstram desamor”? É verdade. O desamor, no entanto, não é senão uma desvirtuação, uma falha, uma doença da alma. Quando notamos a ausência de amor na personalidade de uma pessoa, podemos estar certos de que alguma coisa, algum fato, algum trauma, provocou essa triste doença a que chamamos desamor. Embora seja de nossa natureza amar, por muitos motivos podemos não amar corretamente. Sentimento de posse, carência, egoísmo não são amor, ou melhor, são formas tortas, doentias, patológicas de se amar. A definição dada por São Paulo é, sem dúvida, a mais perfeita e clara: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. (...) O amor é paciente, é benigno, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece (...). Não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.” O amor, pois, antes de tudo, deseja o bem do amado. Quando amamos apenas algumas pessoas, não expandimos ainda a nossa espiritualidade, pois o verdadeiro amor com-partilha com todos. O verdadeiro amor inclui a humanidade e toda a criação. Não podemos, entretanto, amar de verdade a alguém se não amamos a nós mesmos. Por isso, na aprendizagem do amor, o autoconhecimento e a autoestima são fundamentais. Em primeiro lugar, devemos nos apreciar, nos aceitar, nos admirar, conhecer nossas qualidades e defeitos, gostar de nossa própria companhia, sermos benignos e compassivos conosco mesmos. Só então seremos capazes de amar verdadeiramente. Por isso toda a nossa vida é um exercício e uma aprendizagem de amor. NÓS SOMOS AMOR Você pode, novamente, se perguntar: “Mas, se o amor é de nossa natureza, por que devemos aprender?” Você deve se lembrar de que todas as nossas capacidades, que nos caracterizam como “humanos” nascem conosco em “potencialidade”. E o que está em potencial deverá se desenvolver e como se desenvolver senão através da aprendizagem e do exercício? É como a semente que deverá romper a dureza da terra para desabrochar e se realizar como planta que é. A maior e mais dura camada que devemos romper para desabrochar e realizar a mossa natureza amorosa é a dura casca do egoísmo, do orgulho, da soberba, da autossuficiência. Nós só nos realizamos no encontro, no com-partilhar, no consentir. Por isso, ninguém pode verdadeiramente amar, se entregar de verdade, se realizar, sem com-viver. O amor na sua plenitude é o próprio Deus. E nós humanos, conforme palavras do próprio Cristo, somos aprendizes de deuses. Leon Denis, um filósofo e escritor francês, dizia: “Amar é o segredo da felicidade. Com uma só palavra o amor resolve todos os problemas, todas as obscuridades. O amor salvará o mundo; seu calor fará derreter os gelos da dúvida, do egoísmo, do ódio; enternecerá os corações mais duros. Mais refratários.” E, ainda: “Abri o vosso ser interno, abri as janelas da alma aos eflúvios da vida e, de súbito, essa prisão encher-se-á de claridade, de melodias, um mundo todo de luz penetrará em vós”. ABRA AS JANELAS DA ALMA O amor é capaz de curar, de libertar, de aumentar a nossa imunidade orgânica. E não falamos apenas de uma cura física, mas de cura espiritual, que implica a libertação da mágoa, da culpa, da raiva, do egoísmo, do orgulho, da vaidade, do desespero, da falta de fé, do ressentimento, da revolta. Quando amamos de verdade o nosso semelhante, nós nos purificamos e nos tornamos tão puros como recém-saídos do sopro do Criador. Não conheço a autoria do texto que se segue, mas, sem dúvida, ele é verdadeiro. “A inteligência sem amor te faz prepotente. A humildade sem amor te faz hipócrita. A pobreza sem amor te faz orgulhoso. A justiça sem amor te faz implacável. A autoridade sem amor te faz tirano. O trabalho sem amor te faz escravo. A docilidade sem amor te faz servil. O êxito sem amor te faz arrogante. A política sem amor te faz egoísta. A riqueza sem amor te faz avaro. A oração sem amor te faz falso. A lei sem amor te faz perverso. A beleza sem amor te faz fútil. A fé sem amor te faz fanático. A cruz sem amor se converte em tortura. A vida sem amor não tem sentido”. Maria Luiza Silveira Teles (presidente da Academia Montes-clarense de Letras)
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