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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Médico preso acusado de dopar e abusar de pacientes - Segundo Polícia Civil, ao menos duas pacientes teriam sido vítimas de dermatologista em Montes Claros, no Norte de Minas - Luiz Ribeiro - Um médico dermatologista foi preso em Montes Claros, no Norte de Minas, na tarde desta quarta-feira, suspeito de abusar sexualmente de duas pacientes após sedá-las para um procedimento de tratamento a laser, do tipo “gênesis”. L. W. F. S., de 48 anos, teve prisão temporária decretada e foi encaminhado para a Delegacia de Mulheres. Segundo boletim de ocorrência da Polícia Militar, a paciente M. A. L., de 18, alega que, em 17 de março, por volta das 14h, foi à clínica dermatológica de L. para fazer o procedimento estético “gênesis”. Ela alegou que, logo após chegar ao estabelecimento, no Centro de Montes Claros, o médico a colocou em cima de uma maca, numa sala sozinha. Na sequência, ele teria dado a ela um comprimido que, supostamente, seria usado no procedimento. A mulher disse que, imediatamente após tomar o remédio, adormeceu e permaneceu sedada por mais de três horas. A paciente alegou que permaneceu sonolenta até as 10 horas do dia seguinte e que, ao chegar em casa, sentiu um desconforto na região genital. Orientada por uma tia, ela foi até a um médico ginecologista, que a examinou e recomendou que procurasse a Polícia Civil para registrar o suposto abuso sexual. Ainda de acordo com a Polícia Civil, uma outra paciente, de 23 anos, também alegou que sofreu abuso após ser sedada pelo mesmo médico. O caso é investigado pela delegada Karine Maia Costa, da Delegacia da Mulher de Montes Claros, que concederá entrevista amanhã para esclarecimentos a respeito da investigação. A reportagem do EM tentou contato com a defesa do médico, mas até o momento não houve retorno. *** O Tempo - Médico é suspeito de estuprar pacientes durante tratamentos estéticos - Dermatologista disse à polícia que, mesmo para fazer um procedimento facial, pedia para ver todas as partes dos corpos das pacientes; após consultas, duas vítimas, que eram virgens, sentiram ardência na região vaginal - Carolina Caetano - Dermatologista renomado e professor universitário acima de qualquer suspeita. O perfil é de um médico de 48 anos que teve a prisão temporária decretada após duas denúncias de estupros contra pacientes em uma clínica de estética de Montes Claros, no Norte de Minas. O caso foi apresentado pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (7). As vítimas, duas primas, denunciaram os abusos em março, quando, supostamente, teriam sido dopadas durante um procedimento facial a laser. De acordo com a delegada Karine Maia Costa, as investigações começaram no dia 21 de março, quando uma jovem de 21 anos procurou a Delegacia de Mulheres. “Ela contou que no dia 17 procurou a clínica, que é muito conhecida na cidade, para um procedimento simples indolor que deveria durar cerca de 30 minutos. Porém, ela foi sedada no começo da consulta, por volta de 13h30 e só foi acordar às 10h30 do dia seguinte. Ao levantar, a vítima, que até então era virgem, sentiu ardência na região vaginal”, explicou a policial. Após conversar com a família, ela procurou a polícia e passou por exame de corpo de delito, que constatou o rompimento do hímen. Ao saber o que tinha acontecido com a prima, uma mulher de 23 anos, que também nunca havia mantido relação sexual, lembrou que após uma consulta também sentiu ardência. “Ela nos contou que, durante um procedimento, ele pediu para ver seus lábios vaginais para fazer alguns exames. Em seguida, a paciente foi sedada para o procedimento estético e quando acordou percebeu que o médico havia cauterizado uma pinta em sua virilha sem autorização. Diante dos depoimentos, começamos a ouvir outras pessoas”, contou a delegada. Nessa quarta-feira (6), a prisão foi realizada dentro da clínica, que estava cheia de pacientes aguardando atendimento. Ainda conforme a delegada, ao ser questionado, o médico se manteve tranquilo e negou os crimes. No entanto, entrou em contradições, segundo Karine. “Ele negou os estupros, mas confirmou que pedia para olhar todas as partes dos corpos das pacientes. Questionei se ele precisava fazer isso mesmo quando realizava apenas um procedimento estético no rosto, por exemplo, e ele disse que sim, tinha obrigação profissional em fazer isso”, disse. Após o caso ser divulgado, outras três denúncias foram registradas contra o dermatologista e já são investigadas. “As outras denúncias também são de jovens. Temos informações que apenas mulheres mais novas eram sedadas. As pacientes mais velhas não recebiam nenhum tipo de medicação”, afirmou Karen. O homem, que é casado, tem dois filhos e até então não tinha antecedentes criminais, vai responder por estupro de vulnerável, uma vez que os crimes aconteceram enquanto as vítimas estavam dopadas, o que impossibilitava qualquer tipo de defesa das mulheres. Caso seja condenado, ele pode pegar de oito a 15 anos de prisão. A reportagem de O TEMPO tentou contato com o advogado do médico, mas as ligações não foram atendidas. A assessoria de imprensa da universidade ficou de se posicionar. Conselho de Medicina instaura sindicância para apurar o caso O Conselho de Medicina Regional de Montes Claros tomou conhecimento do caso pela imprensa e já abriu uma sindicância para apurar os fatos. “Nossa sindicância tem por finalidade iniciar a apuração das possíveis infrações médicas. Temos que ouvir o dermatologista e as denunciantes. Logo depois, o conselho abre um processo”, explicou o conselheiro Itagiba de Castro Filho. De acordo com o médico, o suspeito tem 26 anos de profissão, se formou na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e se especializou em dermatologia. Até então, o conselho não havia recebido nenhuma denúncia contra o profissional. “O conselho tem o maior interesse e obrigação de apurar com rigor essas denúncias de abuso sexual. O resultado da investigação policial é extremamente importante para o conselho levar adiante o processo”, contou Filho. Terminada a apuração policial, o relatório do conselho é encaminhado a pelo menos 11 conselheiros. Se comprovados os crimes, a punição pode ser desde uma advertência até a cassação do registro. Caso a defesa consiga que o dermatologista responda o processo judicial em liberdade, ele pode voltar a atuar na área médica. “Se ele for solto, enquanto as investigações correm, não há proibição para que ele volte a atender seus pacientes. Se ele ainda não é considerado culpado, não pode ser impedido de exercer sua profissão”, finalizou o conselheiro.

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