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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Chuva já de meia hora em boa parte de M. Claros. No princípio, era apenas uma grande nuvem que penetrou, outra vez, pelo sudoeste dos montes claros; veio altaneira, imponente, algo clara demais para amadurecida despejar chuva. Pouco antes das 18h, a antiga e esquecida Hora do Angelus, a chuva afinal desceu. Mansa, vigorosa, correu pelos telhados, pelas ruas, saciou gramados e arbustos e árvores, ressequidos e humilhados por longa estiagem. Aos poucos, a chuva de grossos pingos avançou para o sudeste da cidade, o tal estibordo de nosso barco rumo norte, generalizando-se - e a nuvem virou uma só, e já cobria para além das torres da Catedral; as três torres, prosas com a chuva, imaginavam e comentavam que a chuva vinha em obediência às preces ali asiladas. Em meia hora, trovões, comportados, sóbrios, como convém aos adventícios. Não é, ainda, e não demora, a chuva da catarse, sempre ela; a que, além das telhas e dos relvados e dos campos lava as almas, impõe ares novos, dissipa os miasmas e inaugura um tempo novo. A meteorologia, que ontem nos encheu de esperança, hoje esteve mais discreta, ressabiada e, alvíssaras, caiu a chuva implorada, a primeira. Parece haver decerto implicância e má vontade entre a meteorologia e a chuva, no que tange ao sertão. Guimarães Rosa, o Joãozito, vivia repetindo - ´até Deus, se vier, que venha armado´. Não precisa de tanto. A chuva ora estancou - e voltará.

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