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Mensagem: Guerra é guerra Manoel Hygino - Hoje em Dia O Brasil é, ao contrário do que se pensava e se propalava, um país violento. A guerra está nas ruas, nas favelas que receberam o apelido de comunidades mais recentemente, nas rodovias, nos casebres e nas mansões. Posso dizer até que jamais se matou tanto quanto agora – neste nosso tempo de paz. Paz? A legislação sobre desarmamento nunca funcionou, mesmo com medidas mais rigorosas adotadas nas fronteiras para conter o ingresso de instrumentos letais no Brasil. Somos absolutamente vulneráveis. Vendem-se armas em plena Praça 7, em Belo Horizonte, centro comercial da capital (o centro geográfico é a Praça Raul Soares), e no labirinto das vielas, em qualquer hora do dia ou da noite. Nossa integridade física se expõe aos fabricantes de cadáveres, por motivos múltiplos ou sem razão alguma. A vida humana perdeu o valor. Há um fato novo. Depois de dez anos do referendo sobre comércio de armas e munições no país e de muitos e até, às vezes, ásperos debates sobre o assunto, foi votado no dia 27 último, em Comissão Especial da Câmara dos Deputados, o projeto de Lei nº 3722/2012, com presença marcante do parlamentar Laudívio Carvalho. A proposta, de autoria do deputado Peninha Mendonça, do PMDB de Santa Catarina, estabelece o Estatuto do Controle de Armas de Fogo e Munições, altera dispositivos e corrige falhas do Estatuto do Desarmamento. O que se esperaria é que o poder legislativo produzisse os bons frutos de que a população pacífica e ordeira precisa. Segundo os repórteres do setor, o plenário da Comissão, sempre lotado como de costume e com presença de representações a favor e contra ao projetos, o público deu inusitado calor às argumentações dos parlamentares. Todos eles saíram ilesos dos acalentados debates. De acordo com a Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições, os deputados federais da Comissão respeitaram e devolveram aos cidadãos a vitória conquistada no referendo de 2005. “A aprovação foi a primeira etapa de uma caminhada grande no que se refere ao tema”. Segundo Bene Barbosa, presidente da ONG Movimento Viva Brasil, atuante pelo direito dos cidadãos à sua defesa, foi uma vitória do povo brasileiro. “Era preciso devolver ao cidadão de bem o seu direito, tirado durante tantos anos”. Em resumo, agora pode o cidadão armar-se. Melhora ou acirra a luta? FHC é inteiramente contrário ao documento recém-aprovado. A partir de sua vigência, toda pessoa maior de 21 anos pode possuir e usar arma para defender seu patrimônio e sua vida. Deputados e senadores poderão também andar armados, bem como pessoas que respondem a inquérito policial ou processo criminal, além de agentes de trânsito e de medidas socioeducativas em trabalho. Enfim, guerra é guerra. Tendo dinheiro para adquirir seu instrumento bélico, todos poderão ter um gatilho e projéteis à disposição, não apenas os marginais.
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