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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A desertificação nos atinge Hoje em Dia - Manoel Hygino Prefeito de Belo Horizonte de 1955 a 1959, Celso Mello de Azevedo foi o primeiro cidadão nascido na capital a comandar seus destinos, slogan de sua campanha. E pôde sentir de perto os problemas da cidade projetada por Aarão Reis, mas também de todos os municípios mineiros, agrilhoados a uma arrecadação incapaz de suprir as necessidades e demandas de sua população. Convenceu-se de ser imprescindível a modificação do sistema tributário brasileiro, para os municípios não ficarem à mercê da União e eternamente de pires na mão, para implorar ajuda do poder federal. A campanha de Celso tornou-se o Movimento Municipalista Mineiro, iniciando-se uma série de congressos nas principais cidades. Era preciso mudar... para sobreviver. As ideias levaram a consenso. Os pleitos foram elaborados e definidos em documentos submetidos às mais altas autoridades do Estado e da União, que não tinham muito como contra-argumentar. Passados tantos anos, contudo, a situação da célula mater do sistema político não melhorou expressivamente. O grande quinhão da receita permanece com a União, nem sempre gerida com a consciência de nacionalidade que se exigiria. Muito dinheiro e poder nas mãos de pessoas ou grupos com interesses nem sempre muito corretos deu no que deu. Os escândalos que se sucedem não são acontecimentos fortuitos e a história recente da República o demonstra à suficiência. O país não tem conveniente estrutura de comunicação viária, por exemplo, como se constata. A falta de chuvas do período mostram, mais uma vez, que estamos à mercê da natureza, que também sofre os revezes da incompetência administrativa e da corrupção, coadjuvada pela escassa educação da população quanto à preservação dos bens coletivos. Pois, nos encontros do Movimento Municipalista Mineiro, uma das advertências de técnicos conceituados era que estava em franco crescimento a desertificação de extensas regiões do território mineiro, embora um grupo não aprove a crise presentemente. 2015, cujo término se avizinha, com os graves males causados à população, é nítida revelação das sobejas advertências de décadas atrás. José Ponciano Neto, técnico em meio ambiente e recursos hídricos, é peremptório: “Apesar de ser reflexo de períodos de seca prolongada, a ação cada vez mais predatória de fazendeiros e da população em geral alterou muito a quantidade de água dos rios, inclusive no que tange à exploração irregular com bombas de captação direta e a perfuração sem critérios técnicos e sem licença”. Cita também a expansão do desmatamento para abertura de áreas de plantio de eucalipto, geralmente irrigadas com o manancial retirado desses cursos d’água. Nem as veredas celebradas por Guimarães Rosa, antes consideradas intocáveis, escaparam. As formações que funcionam como áreas de drenagem, sustentando o lençol freático que “brota” do chão, estão secando. Nem se fale na qualidade da água, já que os rios se tornaram receptáculos de resíduos industriais e de dejetos humanos, além de tudo inservível às comunidades. A flora e a fauna estão sendo dizimadas, e ainda se pensa em transposição do São Francisco! Transpor o quê?

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