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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: As sombrias nuvens desta hora Hoje em Dia - Manoel Hygino Castro Alves, o grande poeta baiano, já cantava: “Estamos em pleno mar”. Mas isso é passado. Em 2015, em plena primavera, poderíamos dizer: “Estamos em pleno deserto”, ampliado a extensas regiões do Sudeste, em cujas capitais estaduais os habitantes acompanham com ansiedade os boletins meteorológicos e a variação do nível das águas das represas abastecedoras de água para milhões. Temperaturas se aproximam ou excedem os 40 graus, não sendo a marca mero privilégio carioca ou título de filme. O índice de raios ultravioleta atinge o extremo. A umidade do ar despenca. O país se sente inseguro, não só pelas mazelas de políticos e administradores públicos corruptos. A troca de acusações e pretensas defesas cria uma barafunda. Há falta de vergonha e de água, duas crises. Quem ainda crê em alguém, neste território em que as afirmações peremptórias de inocência e de conhecimento de tramoias horripilantes são seguidas por documentação exaustiva a contradizê-las? E os acusados simplesmente tudo negam, ficando a situação como está ou como antes era. Presídios especiais são insuficientes para essa gente e há até aquele que, foragido da Justiça, alega não querer vir para cá pela falta de celas dignas para recebê-lo. Consulto José Ponciano Neto, técnico em meio ambiente e recursos hídricos, experiente, sobre as águas que vêm das nuvens, não as que turbinam os lava-jatos de um país, estigmatizado por maus cidadãos. Ponciano e outros mestres do assunto dispõem de uma estação climatológica Classe A, no norte de Minas, monitorada três vezes por dia. Seus dados foram obtidos durante 28 anos, assim como informações climatológicas trabalhadas para estudo dos ciclos. Resultado: tendência de pouquíssimas chuvas (ou somente apreciáveis) na última semana de outubro; boas, na segunda quinzena de novembro; intensas em dezembro e janeiro; razoáveis em fevereiro, poucas torrenciais em março. Por enquanto, calor excessivo e crescente consumo de água. Poder-se-ia perguntar, quanto às crises hídricas e de caráter reinantes no país. Restaria a indagação: Esta situação-limite, vamos dizer assim, poderia ter sido evitada? Mas, a chuva chegará depois do sol inclemente. A escritora Maria Luíza Silveira Teles adivinhou: “Quando a chuva chegar, meu jardim e meu quintal haverão de mostrar todo o seu esplendor... A vida haverá de renascer e meu coração, povoado de alegria e gratidão, também viverá um novo tempo. Vou voar até plagas longínquas levadas por minha imaginação... “Os corações haverão de abrandar-se e teremos mais amabilidades e gentilezas... Quem sabe até menos crimes e tragédias?...” E Brasília como estará? É Primavera ainda, mas é horário de Verão. O clima causa dramas no Rio Grande do Sul e os maus brasileiros ateiam fogo na Amazônia ou na Serra do Curral, ameaçando a capital mineira que já teve belo horizonte e hoje é um amontoado de favelas que abrigam gente de bem e outros que ameaçam até de morte os que ainda o são. Há dias, dizíamos dos riscos que corre o sistema judiciário brasileiro. Estabeleceu-se a judicialização como meio de fugir dos problemas políticos e econômicos, instrumento para sanar os desafios que nos convulsionam. O juiz Sérgio Moro é inocente útil em um sistema criminoso o está sendo levado pelos fatos?

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