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Mensagem: Reminiscências de um Soldado de Polícia Retornando, ontem, do “Escambo de Livros” do Ateliê Felicidade Patrocínio (ela ainda fala português depois de ter permanecido quatro meses em Paris), revirando os meus guardados apanhei um livro para ser relido, um livro de memórias. “Memórias de um Sargento de Milícias”, de Manuel Antônio de Almeida. Não, não era. Era outro, que já havia lido e deu-me vontade de reler. Há livros que se lê e esquece, outros existem que não se consegue terminar a leitura, mas há os que possuem existência verdadeira, que prendem o leitor, que nos levam a voltar páginas já lidas e que lamentamos ter terminado. Refiro-me ao livro de Georgino Jorge de Souza “Reminiscências de um Soldado de Polícia”, que traz a presença do saudoso Konstantin Christoff, com um retrato a bico de pena ao Autor, de Georgino Júnior com as ilustrações, de Saul Alves Martins com a Apresentação e de Darcy Ribeiro com o Prefácio, edição independente de 1996. Duas obras. Dois grandes autores. “Memórias de um Sargento de Milícias” foi escrita no auge do romantismo em literatura em língua portuguesa no Brasil, no século XIX; “Reminiscências de um Soldado de Polícia” do pós-modernismo, que se desenvolveu na esfera sócio-política posterior aos anos 50 do século XX. Mas, deixemos Leonardo Pataca e outros personagens de “Memórias de um Sargento de Milícias” e voltemos às “Reminiscências de um Soldado de Polícia”, que são memórias, relatos pessoais de uma própria vida, bem vivida. O autor fala de si, para conhecimento de todos os seus leitores e da própria região norte mineira, que não pode deixar de reverenciar seus grandes vultos, que fizeram história. Vi pela primeira vez o coronel Georgino Jorge de Souza, e somente o cumprimentei cerimonialmente, em um palanque na cidade de Várzea da Palma/MG, quando da passagem por aquela cidade das tropas do 10º Batalhão, em seu retorno de Brasília/DF, em 1964. Como diretor do Ginásio “Joseph Hein”, da cidade, para lá encaminhado pela Fundação Educacional “Luiz de Paula”, fui designado pelo prefeito para saudar a tropa e seu comandante em nome das autoridades locais. Mas foi somente dois anos depois, quando retornei a Montes Claros, que o nome do coronel Georgino Jorge de Souza começou a se destacar em meus julgamentos pessoais. Não há espaço para falar do Coronel em um artigo e, muito menos, para comentar o seu livro. Voltarei a ele.
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