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Mensagem: A Revolução Liberal de 1842 Manoel Hygino - Hoje em Dia Pedi para me adquirirem na Assembleia Legislativa do Estado um exemplar da “História da Revolução Liberal de 1842”, de autoria do Cônego Marinho, originalmente publicado em 1844. Houve solenidade, compreensível diante da importância da obra, que – como se deduz pelas datas – se tornou pouco conhecida. Com a iniciativa, a Assembleia lançou também um Programa Editorial de Obras de Valor Histórico e Cultural de Interesse de Minas Gerais e do Brasil, coordenado pelo deputado Lafayette de Andrade. Sobre a necessidade de resgatar um momento histórico tão valioso, falaram o presidente da ALMG, Adalclever Lopes, o secretário de Cultura de Minas, Ângelo Oswaldo, e o deputado federal Bonifácio de Andrada. Bonifácio discorreu sobre a Revolução Liberal de 1842, foco do livro, que contrapôs republicanos brasileiros a defensores da manutenção do domínio português. Não era de se estranhar. Estava-se apenas a vinte anos da independência e havia ainda segmentos que desejavam o retorno à situação anterior ao 7 de setembro. Atravessava-se um momento candente. Quando se proclamou a Independência, o Brasil estava dividido em muitas correntes de pensamento. A abdicação de Pedro I resultaria das pressões. Havia hostilidades a Portugal em muitos lugares e se considerava a própria independência um arreglo. Duas correntes se consolidaram: a liberal e a conservadora. Esta realçava a autoridade imperial, defendendo o princípio da autoridade encarnado no Imperador. Os liberais, por um golpe de Estado parlamentar, tinham conseguido elevar ao poder o adolescente Pedro II. Em 23 de março de 1841, quando se acirram os ânimos, sob liderança de Bernardo de Vasconcelos voltou ao poder o grupo conservador, com um gabinete ultra. Objetivava dar à máquina governamental do país condições de funcionamento para que a ordem fosse implantada, mas frustrando a autonomia das províncias. Os liberais dominavam o parlamento e se opuseram em campo até por uma solução armada, em Minas e São Paulo. A certa altura é nomeado presidente da província de Minas Bernardo Jacinto da Veiga, tido pelos liberais como faccioso e autoritário. Enquanto isso, caminhava para Minas, procedente do Rio, Teófilo Benedito Ottoni, líder do liberalismo brasileiro. Em Barbacena, um grupo ocupou a cidade e proclamou José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, presidente interino da província. Moderado, de arraigados sentimentos monárquicos, Pinto Coelho aceitou a missão, até por temer uma solução republicana. Escreveu uma carta ao imperador explicando os fatos, documento aparentemente não entregue. Mas também divulgou um manifesto, que começava dizendo: “Quando a pátria periga, é dever de todo cidadão correr em sua defesa; e quando a liberdade é calcada aos pés por um governo ambicioso, empunhar as armas para defendê-la e sustentá-la é a primeira obrigação do homem livre. Nós havemos chegado infelizmente ao ponto de recorrer a esse meio extremo, para defender a nossa pátria, para salvar as instituições livres, a nossa Constituição do aniquilamento total de que é ameaçado por uma facção astuciosa que se apoderou do poder!”. Infelizmente, o espaço é curto para tão tema importante. Quem quiser saber mais terá de recorrer ao livro do padre José Antônio Marinho, mulato de origem humilde, nascido em 1803, na freguesia do Brejo do Salgado, distrito de Januária.
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