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Mensagem: Chico Pitomba e Mané Juca Somente hoje, terça-feira, tive oportunidade de ler os textos de Wanderlino Arruda e Luiz Ortiga a respeito do lançamento do livro do escritor e historiador Dário Teixeira Cotrim - Chico Pitomba e Mané Juca - que conta as deliciosas passagens da inesquecível e fantástica dupla humorístico-sertaneja (sempre vestidos a caráter: chapéu de palha, camisa xadrez, calça cáqui dobrada nas pernas, botina rangedeira,” rosto pintado imitando bigode e barbicha), que brindou a região, na década de 1940, com seus programas semanais na D-7. Após minha mudança para Belo Horizonte, para tratamento de saúde, meus contatos com minha querida cidade se resumem à leitura periódica do montesclaros.com, aos familiares e amigos aí residentes. Passei toda a semana, ocupado na confecção do projeto arquitetônico da uma casa, a ser construída no Condomínio Alphaville, em Belo Horizonte, às margens da Lagoa dos Ingleses, para minha filha Paula e meu genro Kleber, que moram em Campinas. Nesse momento, estou disponível para o deleite da leitura obrigatória do Mural no nosso jornal. Sinto-me honrado por ter tido um bom relacionamento tanto com Cândido Canela, quanto com Antônio Rodrigues (o Antônio Vitrola). Nas minhas (poucas) idas ao antigo Fórum, nunca deixava de passar no cartório de Seu Cândido, para trocar dois dedos de prosa e, principalmente, ouvir suas sábias palavras Esse relacionamento era sedimentado através de uma enorme amizade minha com seus filhos Reinine e o grande articulista e também poeta Reivaldo Canela. Já Antônio Rodrigues era dileto amigo desde os tempos da loja A Primavera, de sua propriedade, em um imóvel de minha mãe, à rua Simeão Ribeiro, antes do surgimento do “Quarteirão do Povo”. Nos onze anos que passei na capital, até minha formatura como arquiteto, essa amizade foi reforçada com uma convivência semanal com o velho Antônio. Morei, nessa época, na pensão de Dona Vêla (era assim que a maioria das pessoas chamava tia Quininha, esposa do tio Juquita). Éramos 15 estudantes de Montes Claros, alguns com laços de família com o nosso Vitrola. Metade da turma, gostava de jogar baralho (pôquer e/ou buraco, desde que fosse com pontos valendo poucos centavos). Era sempre uma grande “roda” de jogos acontecia na casa que Antônio tinha na Serra. quase todos os sábados, após o almoço até altas horas da noite. Nós, que não tínhamos o hábito de “jogar valendo” também íamos pelo agradável papo do Vitrola, seus “causos” engraçados que sempre tinha na ponta da língua e suas sessões de violão com modinhas, músicas sertanejas e paródias da dupla Chico Pitomba e Mané Juca. Era sempre muito divertido. Antônio Rodrigues é uma figura inesquecível. Grande amigo, sempre sorridente. Não me lembro de tê-lo visto triste ou emburrado. Tinha atitudes inéditas. Ele trabalhava, como corretor de venda de seguros do IPASE. Fiz com ele, um seguro de vida, pago em carnet mensal. Combinou comigo que ele mesmo pagaria a mensalidade e eu faria o ressarcimento toda vez que viesse à Montes Claros. E completou: - “Combinei, assim, com todos meus amigos. Afinal, é uma boa maneira de revê-los a cada três meses”. Só mesmo o Nêgo Antônio (era assim que eu o tratava) para fazer uma proposta como esta. ele era único, Prezado colega Ortiga, você tem toda razão. Aquelas memoráveis apresentações da dupla, no pequeno auditório da ZYD-7 da rua Presidente Vagas e no velho Cine Montes Claros, são inesquecíveis. Inclusive o cheiro da carne assada na brasa da Churrascaria do Leon Soltz que ficava ao lado do cinema! Em tempo: gostaria de lembrar ao amigo Wanderlino que, em 1945, o saudoso Colégio Diocesano se chamava Ginásio Municipal. O novo nome foi dado em 1950 e, nesta época você, Wanderlino, ainda não havia chegado em Montes Claros. Parabéns para você, Dário. Resgatar nossas raízes significa fazer a elegia dos valores de nossa terra. Gostaria de saber onde posso adquirir o livro aqui, em Belo Horizonte.
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