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Mensagem: Tudo combinado, nada resolvido Manoel Hygino - Hoje em Dia Insistentemente se tem perguntado: “o Brasil é um país sério?” ou “ o Brasil pode ser levado a sério?”. “O Brasil tem jeito?”. As semelhantes indagações devem ser analisadas principalmente agora, quando se adotaram medidas saneadoras e ainda modestamente penalizadoras como as do caso do mensalão e do petrolão, que parecem indicar tempos mais austeros para a vida política e administrativa do país. Certo é que a resposta segura só virá depois que a Lava Jato chegar ao término efetivo, quando concluídos os processos, fixadas penas para os réus como determinadas por lei, concluídos s recursos. Precisa ter-se em mente que jamais o Brasil esteve tão atento aos fatos como presentemente, quando os meios de comunicação tenazmente se esforçam por divulgar os fatos como convém. Se houver excessos, também eles poderão sofrer sanções. Assim se procede. Mas tudo muito longínquo. A cada dia e hora surgem novas denúncias que exigem competentes averiguações. Quem leu com cuidado os jornais destes dias, surpreende-se com o manancial de crimes cometidos contra o patrimônio da nação, que é meu, é seu, de mais de 204 milhões de brasileiros, quantos os somados pelo IBGE há pouco. Prematuro preconizar o que há pela frente, mas se admite que o Brasil será o de antes e o de depois dos processos em diligência. O povo deste país parece acordar para a nova realidade, que não deve cingir-se a autoridades e partidos que ascendem ao poder para fazer nomeações e indicações a altos cargos, e os em comissão, em toda a máquina administrativa, mas sem respeitar o verdadeiro “patrão”, o cidadão que tudo paga e tudo sofre. Há comissões parlamentares inquirindo sobre o que obrigatoriamente se teria de saber. No entanto, o direito de defesa – e ele é indispensável – faz com que os debates se desenvolvam igualmente em torno dos interesses e razões (?) dos envolvidos nos delitos, em detrimento do objetivo principal. Figuras típicas da fase mais aguda da crise que atravessamos nas últimas décadas, suspeitos, acusados e até julgados por improbidade, entram em cena arrogantemente, dedo em riste, para vilipendiar sobre a honra alheia. Não foi assim, por exemplo, no caso de Collor, com o procurador-geral da República? Vive a nação uma hora grave de sua história, mas que poderá trazer a resposta às perguntas iniciais: O Brasil é um país sério? O Brasil pode ser levado a sério? O Brasil tem jeito? Verdadeiramente, os cidadãos, como todas as nações deste mundo inquieto, aguardam até com ansiedade que luzes sejam lançadas em caráter definitivo. Antes que desabemos pelo escuro precipício da marginalidade e dos interesses criminosos instalados na máquina pública. O que a nação espera é que as longas discussões, os extensos interrogatórios de CPIs e atividades policiais e judiciais em nada resultem, como em tantas e tão numerosas vezes. Não há mais espaço para decepções e desencantos. O homem do Brasil está exaurido e indignado. O conversário destes dias faz lembrar o professor Afonso Lamounier de Andrade, antigo responsável pelo ensino dos filhos de servidores da Cemig nas Usinas, também, ex-diretor do Atlético: “Tudo combinado, nada resolvido”. É o que não mais se admite.
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