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Mensagem: Barragem do Rio Juramento e sua particularidade. Todos os reservatórios que abastecem as grandes capitais do Brasil estão com níveis abaixo dos registrados no mesmo período de 2013 e 2014. Mas, não só, as Capitais estão sofrendo com a mais longa estiagem dos últimos 63 anos (há registro que em 1952 foi pior) o Norte de Minas também vem passando por um desequilibrado balanço hídrico. Outras estiagens, e talvez, as piores de todas, foram nos períodos de 1893 e 1906, citados nos dados anuais das grandes Academias e Institutos de Pesquisas e Previsões do Tempo no Brasil. - Ainda no século dezoito, o grande líder religioso Antonio “Conselheiro” considerou um “castigo” ao atravessar o Rio São Francisco a pé numa região baiana em que o rio conta com poucos afluentes. – época que todos os rios eram preservados. Esta citação reforça a tese que estamos passando novamente por um Ciclo hidrológico parecido, porém, com menos intensidade. A escassez só está nesta proporção, devido o aumento da população, o avanço urbano e as desordenadas – sem fiscalização - perfurações de poços profundos; situação, que desequilibra a oferta x demanda. Lado hipotético: Se há uma mudança de ângulo do eixo da terra - se os planetas estão novamente se alinhando – se é o ciclo das tempestades solares ou é mesmo as intervenções do homem. A verdade: Só com muitos estudos. - Não sabemos se estamos passando por um ciclo centenário – ou decênio. No nosso caso, coincidência ou não; de dez em dez anos vêm acontecendo esta estiagem na região norte-mineira. São dados registrados na nossa Estação Climatológica em Juramento (onde sou responsável). - Neste momento, não cabe o sensacionalismo recheado com “Oba-oba”. Estiagem não é coisa nova. Quando tudo era preservado, já as aconteciam. Como sair dessa? Um arranjo institucional para ações e gestão – e boas mudanças estruturantes das obras hídricas. - Volto afirmar! – “Não existe crise hídrica – elas são cíclicas – existe sim, é a falta de gestão” Com relação a Montes Claros: Depois do prodigioso Dezembro de 2013, ocasião que a precipitação passou dos 600 milímetros, não tivemos chuvas significantes para reverter o quadro de escassez. Uma prova disso, 81% dos municípios mineiros está com seus mananciais em situação de emergência. Monte Claros é uma das cidades mais privilegiada do Brasil. Mesmo estando no semi-árido. Para terem uma idéia; a maioria dos reservatórios do país está com menos de 15 e 10 %; em Montes Claros, não obstante a Barragem de Juramento (Verde Grande) está com 8,39 metros abaixo do nível normal - conta com 15.283.365 metros cúbicos de água correspondente 33% da sua capacidade, atualmente produzindo 580 litros por segundo, somados aos 280 litros /seg. do Sistema Morrinhos são: 860 litros/segundo. Varias ações emergenciais estão sendo desenvolvidas para garantir a vazão de demanda. Entre elas a perfuração de poços profundos e uma mega estrutura para bombear o volume de reserva estratégica. Só a Barragem tem a capacidade de abastecer Montes Claros por 09 meses - sem chuva, que será impossível. – “DEUS não é impiedoso”. Todos os Institutos de Monitoramentos e Pesquisas prevêem chuvas para os próximos meses, que bate com as nossas previsões. Chuvas que serão suficientes para recuperar os níveis dos reservatórios. Claro que, são “Previsões” e não “Precisões”. Portanto, economizar e não desperdiçar são atitudes essenciais para ajudar atravessar esta estiagem Senegalesa. Não é preciso ser ridículo ao ponto de tomar “Banho Tcheco” para prejudicar sua higienização, mas, não abusar da oferta da água no chuveiro. Com base nas informações e das condições técnicas, os dois sistemas de abastecimento de Montes Claros estão operando dentro das normalidades, portanto, até agora, a “previsão” é que não haverá desabastecimento antes do período chuvoso. Volto a recomendar o combate ao desperdiço para não comprometer a segurança da água. (*) José Ponciano Neto é Técnico em Meio Ambiente e Recursos Hídricos - membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros - Membro da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES e Conselheiro nos Comitês de bacias Hidrográficas SF06 e JQ01.
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