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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024
 

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Mensagem: MANIFESTAÇÃO POLÍTICA Desde os dezoito anos, escrevo para a Imprensa Montes-clarense. Hoje, estou com setenta e dois. Fui, também, professora de várias gerações. Acredito, pois, que é muito tempo, contribuindo para a formação de opinião da população de nossa terra. Neste grave momento político pelo qual o país passa, acredito que não posso ficar “em cima do muro”. Sou obrigada a deixar bem clara a minha posição. Não pertenço a nenhum partido. Mas sou uma criatura política como qualquer ser humano. Isto faz parte de nossa natureza. No passado, fui simpatizante do PT, ao qual cheguei quase a filiar-me, para desgosto de meu pai. Achava que, finalmente, tínhamos um partido ético. Inclusive, fui convidada, por duas vezes, a ser candidata a vereadora. Entretanto, quando recusei foi porque percebi dentro de meu grupo uma terrível traição. Assim, afastei-me do partido, sem chegar a filiar-me. Mas, ainda acreditava nele, tanto que, na primeira vez, votei no senhor Luiz Inácio Lula da Silva. Inclusive, fiz na Câmara, a pedido de meu amigo, Lipa Xavier, um discurso em prol do candidato. Com o tempo, porém, desiludi-me completamente. Percebi que havia, por detrás do governo, atitudes não-éticas. Era, simplesmente, um projeto de poder, a qualquer preço, e uma chance de enriquecimento de determinados afiliados. Já fui de esquerda. Em meu curso de graduação e pós-graduação, tive a oportunidade de estudar Marx, Engels, Gramsci. Era professora de Sociologia, na antiga Fafil, portanto, natural que, entusiasmada com aquelas doutrinas, não tivesse outra posição. Entretanto, o tempo passa e a gente amadurece. Não sou, absolutamente, velha. Velho é aquilo que não serve mais para nada. Estou em plena atividade, com a cabeça ótima e aprofundada nos estudos daquilo que me interessa. Tenho, ainda, o mesmo entusiasmo da juventude, mas, agora, com equilíbrio. Sou defensora da Justiça, da Verdade, da Retidão de caráter, da Fraternidade, da Liberdade de ser e se expressar, No entanto, sei reconhecer aqueles que, por paixão, continuam firmemente agarrados em suas crenças ultrapassadas. Penso que perderam o bonde da História e o seu velho e desgastado discurso não pode nos levar senão à anarquia. Estou muito triste com o panorama político e econômico de nosso país e já não vejo no Socialismo a verdadeira solução. E nem no Capitalismo explorador. Acredito que deveríamos encontrar um caminho intermediário que promovesse o desenvolvimento sem injustiça social. Corrupção, mentiras e falcatruas são o sinônimo do governo do PT. Ninguém pode me chamar de “burguesa”. Sou uma simples professora aposentada. Burgueses são aqueles tipo Chico Buarque, que vive em Paris, tomando champanhe e comendo caviar. Odeio ditaduras, sejam de esquerda, sejam de direita. Todas são cruéis e, jamais, posso aceitar a crueldade. Não estou, pois, fazendo apologia de intervenção militar. O povo brasileiro está se tornando consciente e sabe que a Democracia é o melhor regime e haverá de encontrar no voto a mudança que o País requer. A manifestação pacífica de hoje demonstra bem o desejo do povo brasileiro: Justiça, Verdade, Estabilidade, Paz, punição para os corruptos e oportunidades de se trabalhar e viver com dignidade. Este PT nunca mais! A não ser que se faça nele uma limpeza geral. (Da Academia Montes-clarense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros)

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