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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A guerra urbana aqui e alhures Manoel Hygino - Hoje em Dia Não desejo cingir comentários à minha cidade de nascimento, até porque o crime está disseminado por todo o país. Em verdade, a despeito das investigações sobre as operações contra os bandidos (de atuação alguns até em cargos públicos), o panorama não é edificante. A que ponto chegou o Brasil! Transformamo-nos em caso de polícia e os malfeitores insistem e persistem. Não há saída dentro da lei? No boletim diário que me chega do Norte de Minas, constato: menor de 17 anos foi ferido a tiros à 1h30min, na rua Boa Vontade, bairro Santa Rita, a cem metros de casa. Dois homens em bicicleta, armados de revólver e pistola, aproximaram-se e dispararam. O rapazelho foi atingido no braço e no ombro, correu ao alpendre de casa e os suspeitos fugiram. Detalhe: o menor tem quatro passagens pela polícia. Com ou sem redução da maioridade penal, qual seria o resultado? A rua do atentado é da “Boa Vontade”. E é consagrada pela hagiologia. Em âmbito nacional, no dia 19, a mídia deu realce à ocorrência de vinte assassinatos em Manaus, desde a sexta-feira anterior. Quem ligou a televisão à noite de domingo, porém, soube: mais seis pessoas foram incluídas no obituário da capital amazonense. Executaram-se 26 pessoas e, na segunda, a soma era de 31. Cidades pequenas e grandes do país se tornaram verdadeiros matadouros humanos ou palcos de matanças. As estatísticas dizem o suficiente. Nos presídios de Manaus, novos registros, enquanto cenas de violência se repetem em Belém, São Luiz, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte. Observa-se que as autoridades procuram debelar a onda, mas o território já está minado. Não me referi ao Rio de Janeiro e São Paulo, interminável agenda para as pautas jornalísticas. O terror se encontra praticamente instalado, por mais que a expressão seja forte. Forte, mas verídica. A Amazônia do presente está muito, muito, distante da de séculos atrás, mas a luta pela conquista da terra e pela civilização ainda não terminou. Bem a propósito, Fábio Lucas, em “Peregrinações Amazônicas”, evocou Thiago de Mello: “A Amazônia já não é mais a região misteriosa de antigamente, um exótico celeiro de lendas. Não é a Manoa do Lago Dourado, nem o País das Amazonas. Também já não se trata apenas do paraíso, com a bem-aventurança da luz na poderosa quietude da selva. Nem do inferno rubro do fogo das febres, de serpentes e peçonhas. Mas, muito dela ainda resta por ser descoberto”. Fábio Lucas registra que, com a implantação da Zona Franca de Manaus, um boom é experimentado por Manaus. O Teatro Municipal foi reaberto, assim como a Universidade. “A elite local, mais uma vez, está sintonizada com o consumismo internacional”. Em contrapartida, a cidade não dispõe de cinturão verde, o leite, a carne e os hortifrutigranjeiros vêm de fora. O comércio se expandiu e novos empregos foram criados. Surgiu o repentino florescimento do antigo boom, que atrai aventureiros e marginais de todos os lados. A desilusão está na criminalidade, que se enraíza e deixa rastros de sangue. Presídios e cadeias estão lotados. E o que se vai descobrindo não é exatamente o melhor e mais promissor, como se depreende das notícias. Lamentavelmente, a violência lá está sob muitas formas e condições.

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