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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 28 de março de 2024

Ministro descreve, na Voz do Brasil, a grave crise energética no Brasil, até que venham as próximas águas. Leia o resumo

Quinta 10/06/21 - 6h13

Normalização de produção elétrica vai reduzir custos para consumidores

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, falou ontem (9) ao programa Voz do Brasil sobre o atual panorama hídrico e energético no Brasil. O país, que está com níveis críticos de reserva hídrica em reservatórios estratégicos, passa pela maior estiagem dos últimos 91 anos.

“O governo monitora o setor elétrico brasileiro 24 horas por dia. Estamos planejando para que o país mantenha a sua segurança energética e a energia no menor custo possível”, afirmou o ministro.

Segundo Bento Albuquerque, as primeiras ações do governo para combater a crise foram tomadas ainda em 2020, quando havia apenas previsão do atual cenário. “Desde o ano passado, quando observamos que teríamos um período hidrológico desfavorável, iniciamos a importação de energia da Argentina e Uruguai. Também autorizamos despachos de usinas termelétricas para preservar ao máximo os nossos reservatórios”, disse.

Sobre as tarifas em bandeira vermelha que são aplicadas em grande parte das regiões metropolitanas, o ministro afirmou que o custo de produção energética de matrizes diferentes da hidrelétrica, como é o caso das termelétricas, é diferenciado e, portanto, acaba sendo mais pesado no bolso do consumidor. “O custo da energia é devido à fonte energética que a produz. Como estamos utilizando termelétricas, o custo da conta de energia está mais caro. Mas assim que voltarmos, o custo voltará a ser menor. Isso orienta o consumidor”, informou Bento Albuquerque.

O ministro alertou ainda que a necessidade de gerenciamento estratégico da produção energética brasileira continuará mesmo após o período de crise hídrica, já que o consumo de energia elétrica tende a crescer após longos períodos de seca, “Os nossos reservatórios funcionam como baterias para as hidrelétricas. O princípio é preservar o máximo possível de água, para quando alcançarmos o fim do período seco para gerar energia. Temos que ter potência para se contrapor ao pico de demanda.”

“A ideia é essa: preservar água nos reservatórios, garantir a segurança energética e prover o melhor serviço possível aos consumidores”, enfatizou.

Leilão de reserva de capacidade
Segundo explicou Bento Albuquerque, o leilão de reserva de capacidade faz parte da modernização do setor elétrico brasileiro. A ação permitirá que, em casos de necessidade futura, o Brasil possa preservar os recursos hídricos e usar energia além da disponível pela produção interna.

O ministro lembrou que a mudança de bandeiras é um sinal de previsibilidade do custo elétrico tanto para grandes consumidores. “Temos que nos conscientizar de que há um desafio a ser superado - a maior crise hídrica dos últimos 91 anos. Mas, temos todos os instrumentos, todas as condições de superar esse desafio”, disse Bento Albuquerque.

O ministro de Minas e Energia fez, ainda, um apelo à população. Ele pediu para que todos participem da economia, dentro do possível, que haja preservação e uso consciente de água.

Marco legal do gás
Sobre a aprovação do Marco Legal do Gás, publicada no dia 9 de abril, o ministro afirmou que a legislação é uma grande oportunidade para atrair investimentos e que há tendência de redução no preço do gás de cozinha para consumidores.

“Isso é um marco legal aguardado há 20 anos pela nossa sociedade. Só a aprovação da Lei do Gás pelo Congresso Nacional já significa um número enorme de investimentos”, concluiu. (Agência Brasil)

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